O resultado das eleições na capital paulista foram surpreendentes pelos números. O segundo turno era esperado, mas Kassab teve uma votação maior do que a esperada e Marta uma votação menor do que se esperava. Kassab chegou na Frente com menos de 1% de diferença, mas ficou em primeiro lugar.
Kassab 33,61%
Marta: 32,78%
Alckmin 22,4%
(com 99,98% apurados)
O que significa isso?
Que o segundo turno é outra eleição (e difícil), a campanha do primeiro turno deu o que tinha que dar, levou ao segundo turno, que é o que interessa, e é preciso corrigir o rumo para vencer. É preciso fazer melhor.
A TV é importante, os candidatos terão horário igual agora, mas tem limitações, e a audiência e influencia da TV sobre o eleitor cai a cada eleição.
As pessoas devem estar se perguntando como nem as pesquisas publicadas no PIG identificaram a surpreendente votação de Kassab em São Paulo e Gabeira no Rio de Janeiro.
É a estratégia de campanha do formigueiro. De milhares de "formigas" buscando voto a voto. Principalmente aquele voto que não estava firme e foi decidido de última hora. Percebe-se que houve movimentos de voto útil em Gabeira e em Kassab de última hora, e percebe-se que houve trabalho de boca de urna eletrônica e convencional.
Os demo-tucanos não tem militância autêntica, mas Kassab tem a máquina da prefeitura, do estado e do PIG; tem o apoio do poder econômico para montar equipes profissionais, que fazem o trabalho que uma militância faria.
Enquanto isso o PT desmobilizou sua militância, viciando no marketing político pela TV.
Hoje, com a internet, é possível fazer campanha segmentada que a TV não consegue fazer, atingindo diversos nichos de eleitorado diferente, conquistando eleitores um a um, ocupando fóruns, comentários em blogs do próprio PIG, comunidades virtuais.
A TV tem um defeito. Se você defende um tema polêmico conquista votos de uns e perde de outros. Porque a TV atinge a todos de forma massiva.
Se bate no adversário, uns gostam, mas outros consideram baixaria, então tem limitações. Na internet é possível fazer campanhas segmentadas por temas, atingindo públicos diversos com mensagens dirigidas ao foco de interesse de cada grupo.
A oposição bater no presidente Lula tira mais votos (ACM Neto que o diga), do que o apoio do presidente aos aliados tras votos.
Sabendo disso a oposição espertamente se disse amiga de Lula desde criancinha, anulando um pouco o efeito que teria a transferência de votos se houvesse polarização. A oposição à Lula submergiu nestas eleições. Até Athur Virgílio e Agripino recolheram-se em silêncio.
O PIG ainda soltou uma manobra diversionista chamada Gilmar Mendes que roubou energia da militância discutindo se o presidente tem ou não medo, plantando dúvidas contra o governo, em vez de dedicar-se a criticar os candidatos da oposição em plena campanha nas prefeituras.
O apoio do presidente Lula transfere votos parcialmente, mas só leva à metade do caminho para convencer o eleitor. A outra metade é explicar ao eleitor o que isso tem a ver com a falta de água, com a lerdeza no trânsito e lotação do transporte público, com a má qualidade da educação municipal, com a falta de um portal da transparência na prefeitura para prestar contas, com o "carinho" do Kassab ao senhor Kaiser Paiva, com as filas de espera nas undidades de saúde, com as compras superfaturadas da merenda escolar.
Lula não está na cédula eleitoral deste ano, e ele tem uma parte do eleitorado maior do que os partidos. Tem eleitores que vota nele pessoalmente, mas sempre votaram em outros partidos localmente.
É aquela teoria dos terços de Duda Mendonça. Ele dizia que um terço do eleitorado já votava em Lula, um terço votava contra e não muda o voto, e o outro terço que decide a eleição precisava ser conquistado. Coincidentemente Marta e Kassab tiveram aproximadamente 1/3 do eleitorado cada.
Na cabeça do eleitor comum, ele já elegeu Lula para a presidência e está satisfeito com isso, então faz pouco sentido eleger alguém para uma prefeitura apenas por ser amigo do presidente, principalmente se o eleitor estiver satisfeito. É preciso convencer o eleitor que mudando o prefeito fará diferença para melhor na vida do cidadão.
Falta fazer um dossiê comparativo dos governo Marta e Kassab. Falta fazer um levantamento do histórico de Kasssab desde suas votações quando era vereador, deputado estadual e federal, principalmente aquelas que foram contra a população trabalhadora. Falta fazer uma lista de razões para não votar em Kassab didaticamente. Falta enumerar os atos de oposição de Kassab nocivos a Lula. Falta a bancada eleita de vereadores fazer um pacto de moralização da câmara de vereadores e enumerar casos de corrupção abafados na prefeitura. Falta marcar o PIG sob pressão, denunciando o partidarismo da cobertura a malícia do noticiário. Falta muita coisa.
Para nossa felicidade, muitas destas coisas faltam para Kassab também no segundo turno. Só que ele se mostrou disposto a fazê-las, pelo que demonstrou no primeiro turno. Esperamos que campanha de Marta também reaja à altura do desafio.
Kassab 33,61%
Marta: 32,78%
Alckmin 22,4%
(com 99,98% apurados)
O que significa isso?
Que o segundo turno é outra eleição (e difícil), a campanha do primeiro turno deu o que tinha que dar, levou ao segundo turno, que é o que interessa, e é preciso corrigir o rumo para vencer. É preciso fazer melhor.
A TV é importante, os candidatos terão horário igual agora, mas tem limitações, e a audiência e influencia da TV sobre o eleitor cai a cada eleição.
As pessoas devem estar se perguntando como nem as pesquisas publicadas no PIG identificaram a surpreendente votação de Kassab em São Paulo e Gabeira no Rio de Janeiro.
É a estratégia de campanha do formigueiro. De milhares de "formigas" buscando voto a voto. Principalmente aquele voto que não estava firme e foi decidido de última hora. Percebe-se que houve movimentos de voto útil em Gabeira e em Kassab de última hora, e percebe-se que houve trabalho de boca de urna eletrônica e convencional.
Os demo-tucanos não tem militância autêntica, mas Kassab tem a máquina da prefeitura, do estado e do PIG; tem o apoio do poder econômico para montar equipes profissionais, que fazem o trabalho que uma militância faria.
Enquanto isso o PT desmobilizou sua militância, viciando no marketing político pela TV.
Hoje, com a internet, é possível fazer campanha segmentada que a TV não consegue fazer, atingindo diversos nichos de eleitorado diferente, conquistando eleitores um a um, ocupando fóruns, comentários em blogs do próprio PIG, comunidades virtuais.
A TV tem um defeito. Se você defende um tema polêmico conquista votos de uns e perde de outros. Porque a TV atinge a todos de forma massiva.
Se bate no adversário, uns gostam, mas outros consideram baixaria, então tem limitações. Na internet é possível fazer campanhas segmentadas por temas, atingindo públicos diversos com mensagens dirigidas ao foco de interesse de cada grupo.
A oposição bater no presidente Lula tira mais votos (ACM Neto que o diga), do que o apoio do presidente aos aliados tras votos.
Sabendo disso a oposição espertamente se disse amiga de Lula desde criancinha, anulando um pouco o efeito que teria a transferência de votos se houvesse polarização. A oposição à Lula submergiu nestas eleições. Até Athur Virgílio e Agripino recolheram-se em silêncio.
O PIG ainda soltou uma manobra diversionista chamada Gilmar Mendes que roubou energia da militância discutindo se o presidente tem ou não medo, plantando dúvidas contra o governo, em vez de dedicar-se a criticar os candidatos da oposição em plena campanha nas prefeituras.
O apoio do presidente Lula transfere votos parcialmente, mas só leva à metade do caminho para convencer o eleitor. A outra metade é explicar ao eleitor o que isso tem a ver com a falta de água, com a lerdeza no trânsito e lotação do transporte público, com a má qualidade da educação municipal, com a falta de um portal da transparência na prefeitura para prestar contas, com o "carinho" do Kassab ao senhor Kaiser Paiva, com as filas de espera nas undidades de saúde, com as compras superfaturadas da merenda escolar.
Lula não está na cédula eleitoral deste ano, e ele tem uma parte do eleitorado maior do que os partidos. Tem eleitores que vota nele pessoalmente, mas sempre votaram em outros partidos localmente.
É aquela teoria dos terços de Duda Mendonça. Ele dizia que um terço do eleitorado já votava em Lula, um terço votava contra e não muda o voto, e o outro terço que decide a eleição precisava ser conquistado. Coincidentemente Marta e Kassab tiveram aproximadamente 1/3 do eleitorado cada.
Na cabeça do eleitor comum, ele já elegeu Lula para a presidência e está satisfeito com isso, então faz pouco sentido eleger alguém para uma prefeitura apenas por ser amigo do presidente, principalmente se o eleitor estiver satisfeito. É preciso convencer o eleitor que mudando o prefeito fará diferença para melhor na vida do cidadão.
Falta fazer um dossiê comparativo dos governo Marta e Kassab. Falta fazer um levantamento do histórico de Kasssab desde suas votações quando era vereador, deputado estadual e federal, principalmente aquelas que foram contra a população trabalhadora. Falta fazer uma lista de razões para não votar em Kassab didaticamente. Falta enumerar os atos de oposição de Kassab nocivos a Lula. Falta a bancada eleita de vereadores fazer um pacto de moralização da câmara de vereadores e enumerar casos de corrupção abafados na prefeitura. Falta marcar o PIG sob pressão, denunciando o partidarismo da cobertura a malícia do noticiário. Falta muita coisa.
Para nossa felicidade, muitas destas coisas faltam para Kassab também no segundo turno. Só que ele se mostrou disposto a fazê-las, pelo que demonstrou no primeiro turno. Esperamos que campanha de Marta também reaja à altura do desafio.
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