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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Kassab consegue desagradar tanto evangélicos como movimentos LGBT ao não assumir suas reais posições


Não se pode enganar a todos o tempo todo. Um político e homem público deve ter atitudes e opiniões transparentes perante o eleitor.

Não pode querer fazer um discurso diferente para cada platéia, porque assim está enganando a todos.

A discussão sobre se Kassab deve ou não "sair do armário" (assumir-se gay) deixou de ser questão de fôro íntimo, e transformou-se em um debate de interesse público, das parte interessadas da população, sobre a transparência nas opiniões do político.

Tanto setores religiosos da sociedade, como ativistas LGBT acusam Kassab de ter duas caras e fazer discurso dúbio.

Evangélicos acusam Kassab de ter discurso falso e enganador: faz discurso populista e conservador nestes ambientes para conseguir votos, e esconde suas verdadeiras atitudes e condutas. Na Avenida Paulista autorizou a parada gay e não autorizou passeata de evangélicos.

Movimentos GLST, reclamam que Kassab acena com gestos de simpatia nos redutos fechados, mas perante o grande público age de forma traiçoira como opressor enrustido, engrossando o caldo de cultura da discriminação e da homofobia que gera violência contra eles.

Seria melhor para o próprio Kassab que ele usasse o horário eleitoral gratuito de campanha na TV para assumir de público seus reais posicionamentos, em vez de fazer um discurso diferente em cada local fechado que frequenta.

Hoje com a internet todo mundo fica sabendo o que Kassab falou ontem em um reduto diferente, e as contradições ficam expostas.

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