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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Cesar Maia declara apoio apaixonado a Gabeira

Conforme o blog antecipou aqui, a candidatura de Gabeira representa continuísmo a César Maia, e aos programas de governo neoliberais demo-tucanos.

César Maia já declarou seu apoio à Gabeira com elogios rasgados à participação do grupo de Gabeira ao longo de 11 anos da prefeitura do DEMos. Quem não se lembra que Alfredo Sirkis, indicado por Gabeira, foi o homem forte de César no governo de 2000 até 2004?

Agora Gabeira deve retribuir se for eleito, não deixando César Maia no "sereno", agora que está sem mandato.

Aquela classe média alta do Leblon que boicotou o IPTU de César Maia para mudar, e votou em Gabeira, jogou seu voto fora. Verá no secretariado de Gabeira boa parte das mesmas caras e bocas que ocuparam a prefeitura de César Maia, se vencer.

Eduardo Paes também representa um continuísmo da era César Maia, mas sem o cacique. E com a ascensão de Gabeira, muitos DEMos que tinham virado a casaca para Paes voltaram-se para Gabeira.

Gabeira eleito, sobram mais cargos para os DEMos na prefeitura.

Paes eleito, o espaço para os DEMos é menor (só aquele grupo que é muito ligado à Paes desde 1992 ou nque ajudaram nesta campanha é que deve estar garantido na cota pessoal). Com Paes, o PMDB deve exigir mais espaço, além dos apoios dos partidos de esquerda que estão sendo anunciados. O PSB que fechou com Jandira no primeiro turno, inclusive com o vice, já manifestou que irá apoiá-lo.

PT DO RIO É OBRIGADO A ENTREGAR APOIO A EDUARDO PAES, QUE NEGOU À JANDIRA

Por falta de visão, o PT do Rio deixou de se aliar à Jandira Feghali (PCdoB) no primeiro turno.

Jandira já foi candidata à prefeita em 2004 e teve mais votos que Jorge Bittar do PT naquele ano.

Foi candidata a Senadora em 2006. Perdeu no interior, mais foi a mais votada na Capital. Já tinha uma candidatura com forte base eleitoral construída.

Se Molon (PT) fechasse coligação com Jandira, ela teria mais tempo na TV, e cresceria a partir da base eleitoral que já tem.

Molon (PT) seria viável quando coligou-se com o PMDB. Teria a estrutura de campanha e a máquina que teve o Eduardo Paes. Mas a coligação fracassou e Molon teve que recomeçar do zero.

É um político digno, mas ainda pouco conhecido, novato. Por isso, o bom senso desaconselhava, mas vá lá tentar a aventura da candidatura própria novata para ver se decola.

Porém a partir do momento em que sua candidatura não decolou, e a eleição já estava próxima, deveria ter articulado apoio a Jandira, muito melhor colocada junto ao eleitorado.

Há quem diga que a soma dos votos de Jandira com Molon não deu a votação de Gabeira. Porém Jandira, e o próprio Molon, perderam votos úteis para Gabeira justamente por causa do eleitor que rejeitou Crivella.

Se Jandira estivesse melhor colocada, seria ela quem receberia o voto útil que foi para Gabeira.

Restou ao PT apoiar Eduardo Paes a contragosto, por ser o "menos pior" na prática. É do PMDB e por isso mais próximo do ponto de vista partidário. Além disso, Gabeira entrou na esfera de influência se César Maia, que continuará tendo vez e voz na prefeitura, caso Gabeira seja eleito.

No segundo turno, agora, votar em Gabeira virou votar a favor de Serra em 2010 e votar em Paes virou votar contra Serra em 2010, já que o desempenho na prefeitura deve se equivaler.

Qualquer um dos dois será um prefeito da linhagem demo-tucana na prefeitura, com os vícios de governar para a elite e para os financiadores de campanha, deixando para segundo plano projetos estruturantes de desenvolvimento social.

Resta saber se o eleitor carioca que votou em Molon, Jandira, Paulo Ramos e Crivella terá estômago para acompanhar esses movimentos de apoio das cúpulas partidárias.

Em tempo: A foto esquisita de Gabeira, é ele comemorando na piscina do Clube de Regatas Flamengo (com tanta praia no Rio...). O Flamengo, do futebol, é popular, mas o clube social é de elite, situado em uma das áreas mais nobres e caras do Rio de Janeiro: juntos aos bairros nobres do Leblon, Gávea e Lagoa Rodrigo de Freitas.

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