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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Emprego cresce para mais velhos


A falta de mão-de-obra qualificada e o resgate de aposentados pelo mercado apareceu ontem nas estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A investigação dos empregos no País por faixa etária revelou que as pessoas que mais conseguiram vagas tinham mais de 40 anos.

No grupo etário de 40 a 49 anos de idade, a ocupação aumentou 3,8%. Na faixa de 50 a 59 anos de idade, a expansão foi de 2,8%. Já entre os mais jovens ocorreu justamente o contrário: "populações ocupadas de 10 a 14 anos e de 15 a 17 reduziram-se, a primeira em 7,1% e a segunda em 2,6%, conforme retrata a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Por faixa etária, a população ocupada estava assim distribuída em 2007: de 10 a 14 anos, 1,8%; de 15 a 19 anos, 7,4%; de 20 a 24 anos, 12,4%; de 25 a 39 anos, 37,7%; de 40 a 59 anos, 34,1%; e de 60 anos ou mais, 6,6%.

A volta dos mais velhos ao mercado de trabalho reflete a demanda de postos com salários melhores e maior especialização. Os números do IBGE também indicam a necessidade cada vez maior das empresas de profissionais mais capacitados, pois cresceu a proporção de ocupados com maior escolaridade.

Em 2007, a população ocupada mostrou maior escolarização do que em 2006. Houve redução na ocupação para pessoas com baixos níveis de escolaridade. A população ocupada com 8 a 10 anos de estudo cresceu em 5,4%, e aquela com 11 anos ou mais de estudo registrou aumento de 5,9%.

Para as pessoas ocupadas sem instrução e com menos de 1 ano de estudo e para as parcelas com de 1 a 3 anos e de 4 a 7 anos de estudo, o IBGE mostrou reduções de 1,5%, 2,4% e 4,2% no total de postos de trabalho, respectivamente.

"Esse aumento da escolarização foi observado em todas as grandes regiões e para ambos os sexos, embora na região Nordeste ainda 16,8% das pessoas ocupadas sequer completaram um ano de estudo". Na população ocupada, 39,1% tinham 11 anos ou mais de estudo; 17,2%, de 8 a 10 anos de estudo; 24,7%, de 4 a 7 anos de estudo; 10,3%, de 1 a 3 anos de estudo; e 8,4% encontravam-se no grupo dos sem instrução e menos de 1 ano de estudo.

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