Nem o mais otimista dos analistas esperava tanto. No primeiro semestre, o Produto Interno Bruto brasileiro cresceu impressionantes 6% em termos anualizados. O ritmo frenético da economia, desta vez, não esteve ancorado nos gastos do governo. O consumo das famílias saltou 6,7% no segundo trimestre e os investimentos, nada menos do que 16,2%. A produção agrícola se expandiu 7,1%, a reboque das grandes safras de café, arroz e soja. Preocupado com o efeito sobre os preços, o Banco Central voltou a elevar a taxa de juros em 0,75 ponto percentual, fixando a Selic em 13,75% ao ano.
Produção brasileira cresce acima do previsto e leva governo federal a melhorar prejeções para este ano. Aquecimento econômico é um dos motivos que levaram o Banco Central a aumentar taxa básica de juros A economia brasileira pisou no acelerador e surpreendeu os mais otimistas dos analistas. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, registrou crescimento de 6% nos seis primeiros meses do ano, o melhor resultado desde 2004, mostrando fôlego renovado em todos os indicadores computados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No segundo trimestre de 2008, o avanço foi de 6,1% ante o mesmo período de 2007, superando a média de 5,5% projetada pelo mercado. Quando confrontados o segundo trimestre com os três primeiros meses do ano, o incremento ficou em 1,6%.
“Qualquer que seja a comparação do PIB, todos os números mostraram uma economia mais aquecida do que no começo do ano”, disse Rebeca Palis, gerente de Contas Trimestrais do IBGE. “E ficou claro que os resultados em nada refletiram o aumento da taxa básica de juros (Selic) iniciado em abril”, assinalou. Foi por isso, acrescentou o economista-chefe do Banco HSBC, André Lóes, que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou novamente os juros ontem em 0,75 ponto percentual, para 13,75% ao ano, e promoverá pelo menos mais duas altas: uma em outubro, de 0,5 ponto; outra em dezembro, de 0,25 ponto .“O BC quer esfriar um pouco o ritmo de crescimento e levar a inflação de 2009 para o centro da meta definida pelo governo, de 4,5%”, explicou.
Os resultados da economia foram tão surpreendentes, destacou o economista-chefe da Corretora Convenção, Fernando Montero, que a projeção de 5% para o ano, apontada até ontem como teto para o crescimento do PIB, virou piso. “Tudo indica que o avanço da economia no ano deve bater em 5,5%”, ressaltou. Para o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes, o que sustenta as novas previsões para este ano é a injeção de mais recursos na economia, a começar pela antecipação, para este mês, da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas. “Desde o início do ano, as vendas do comércio vêm aumentando acima de 10% no acumulado de 12 meses, e isso deve se manter”, afirmou.
O consumo das famílias e os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) foram, por sinal, duas das principais alavancas do PIB. No segundo trimestre, o consumo, que havia avançado 6,6% entre janeiro e março, cresceu 6,7%. “Nem mesmo o aumento dos preços dos alimentos e os juros maiores nos crediários inibiram o consumo”, destacou André Lóes. Já os investimentos deram um salto de 16,2%, o melhor resultado em 12 anos. Esses números, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, formam a combinação perfeita. “As empresas estão investindo mais porque sabem que terão para quem vender no futuro”, assinalou. Na opinião do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, os investimentos estão se beneficiando da maior previsibilidade da economia, proporcionada pelo controle da inflação.
Do lado da oferta, o destaque foi a agricultura, com crescimento de 7,1% no segundo trimestre, seguida pela indústria, com 5,7%, e pelo setor de serviços, com 5,5%. O PIB agrícola foi impulsionado, principalmente, pelas safras de café (+27,7%), de milho (+12,8%), de arroz (+9,6%) e de soja (+ 3,6%). E tudo indica que a decisiva contribuição do campo para a expansão da economia tende a se repetir no segundo semestre, acredita Paulo Molinari, analista da consultoria Safras & Mercado.
Para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, basta o mercado se manter com preços adequados e o governo adotar as políticas de estímulos necessárias para que o setor continue dando bons resultados. Na indústria, o destaque foi o crescimento de 9,9% da construção civil. (Correio Braziliense )
Produção brasileira cresce acima do previsto e leva governo federal a melhorar prejeções para este ano. Aquecimento econômico é um dos motivos que levaram o Banco Central a aumentar taxa básica de juros A economia brasileira pisou no acelerador e surpreendeu os mais otimistas dos analistas. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, registrou crescimento de 6% nos seis primeiros meses do ano, o melhor resultado desde 2004, mostrando fôlego renovado em todos os indicadores computados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No segundo trimestre de 2008, o avanço foi de 6,1% ante o mesmo período de 2007, superando a média de 5,5% projetada pelo mercado. Quando confrontados o segundo trimestre com os três primeiros meses do ano, o incremento ficou em 1,6%.
“Qualquer que seja a comparação do PIB, todos os números mostraram uma economia mais aquecida do que no começo do ano”, disse Rebeca Palis, gerente de Contas Trimestrais do IBGE. “E ficou claro que os resultados em nada refletiram o aumento da taxa básica de juros (Selic) iniciado em abril”, assinalou. Foi por isso, acrescentou o economista-chefe do Banco HSBC, André Lóes, que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou novamente os juros ontem em 0,75 ponto percentual, para 13,75% ao ano, e promoverá pelo menos mais duas altas: uma em outubro, de 0,5 ponto; outra em dezembro, de 0,25 ponto .“O BC quer esfriar um pouco o ritmo de crescimento e levar a inflação de 2009 para o centro da meta definida pelo governo, de 4,5%”, explicou.
Os resultados da economia foram tão surpreendentes, destacou o economista-chefe da Corretora Convenção, Fernando Montero, que a projeção de 5% para o ano, apontada até ontem como teto para o crescimento do PIB, virou piso. “Tudo indica que o avanço da economia no ano deve bater em 5,5%”, ressaltou. Para o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes, o que sustenta as novas previsões para este ano é a injeção de mais recursos na economia, a começar pela antecipação, para este mês, da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas. “Desde o início do ano, as vendas do comércio vêm aumentando acima de 10% no acumulado de 12 meses, e isso deve se manter”, afirmou.
O consumo das famílias e os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) foram, por sinal, duas das principais alavancas do PIB. No segundo trimestre, o consumo, que havia avançado 6,6% entre janeiro e março, cresceu 6,7%. “Nem mesmo o aumento dos preços dos alimentos e os juros maiores nos crediários inibiram o consumo”, destacou André Lóes. Já os investimentos deram um salto de 16,2%, o melhor resultado em 12 anos. Esses números, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, formam a combinação perfeita. “As empresas estão investindo mais porque sabem que terão para quem vender no futuro”, assinalou. Na opinião do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, os investimentos estão se beneficiando da maior previsibilidade da economia, proporcionada pelo controle da inflação.
Do lado da oferta, o destaque foi a agricultura, com crescimento de 7,1% no segundo trimestre, seguida pela indústria, com 5,7%, e pelo setor de serviços, com 5,5%. O PIB agrícola foi impulsionado, principalmente, pelas safras de café (+27,7%), de milho (+12,8%), de arroz (+9,6%) e de soja (+ 3,6%). E tudo indica que a decisiva contribuição do campo para a expansão da economia tende a se repetir no segundo semestre, acredita Paulo Molinari, analista da consultoria Safras & Mercado.
Para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, basta o mercado se manter com preços adequados e o governo adotar as políticas de estímulos necessárias para que o setor continue dando bons resultados. Na indústria, o destaque foi o crescimento de 9,9% da construção civil. (Correio Braziliense )
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