O governador José Serra (PSDB) livrou-se ontem de mais uma saia-justa da campanha eleitoral à Prefeitura de São Paulo. Ele não compareceu à missa em homenagem aos 50 anos de vida sacerdotal do ex-arcebispo de São Paulo e prefeito da Congregação para o Clero, d. Claudio Hummes, sendo representado pelo ex-deputado José Carlos Stangalini. O ex-parlamentar sentou-se entre os concorrentes do PSDB, Geraldo Alckmin, e do DEM, o prefeito Gilberto Kassab. Enquanto não chegava, porém, o lugar entre os dois candidatos ficou vago.
O pedido para que o ex-deputado representasse Serra partiu da secretária pessoal do governador, Ieda Passos.Ao lado de Alckmin, Kassab e Stangalini, também ficou na primeira fila o chefe de gabinete do Presidente Lula, Gilberto Carvalho. Em sua saudação, lida na missa, Lula classificou d. Claudio como um amigo. “Lembro-me de sua luta no início dos anos 80 na luta pela democracia, justiça e vida”, afirmou, na mensagem.
No início da campanha, Serra lançou Kassab, então seu vice-prefeito, e em um primeiro momento manteve-se distante do ex-governador. Só depois da vitória de Alckmin na convenção partidária ele passou a demonstrar uma maior proximidade.
Há dois meses, Serra esteve junto com os então pré-candidatos no Mosteiro de São Bento em uma missa em homenagem ao governador Mário Covas, mas saiu sem falar com a imprensa. Justificaria depois que, se fosse discutir esse assunto todo dia, “não faria mais nada”.
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