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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Planalto repudia vínculos com as Farc


Fontes do governo classificaram ontem de "desonesta e irresponsável" reportagem publicada pela revista colombiana Câmbio, apontando possível ligação de integrantes do Executivo brasileiro com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A revista conclui há essa ligação a partir de supostos e-mails encontrados no computador do ex-porta-voz das Farc "Raúl Reyes". As mensagens apontam como principais elos o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, o chefe de gabinete do Presidente Lula, Gilberto Carvalho e o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi.

O Planalto nega as relações. Assessores governistas afirmam que a matéria, intencionalmente, omite reclamações feitas pelas Farcs, também via e-mail, sobre o comportamento de Marco Aurélio Garcia. Neles, Garcia é chamado de "inefável", por dificultar a aproximação da guerrilha colombiana com o Planalto e com o PT. Segundo pessoas próximas ao assessor especial, Garcia também bloqueava o acesso ao Foro de São Paulo, que reúne partidos de esquerda da América Latina.

Já o surgimento de Carvalho e Vannuchi tem outra explicação. Em 2005, o procurador da República Luiz Francisco de Souza enviou para Carvalho e-mail denunciando supostos maus tratos ao padre Oliverio Medina, ligado a Farc e preso na Papuda. Gilberto repassou o e-mail para a Secretaria de Direitos Humanos averiguar a veracidade da denúncia.

O teor das mensagens -que o governo colombiano afirma ter encontrado nos computadores pertencentes ao número dois da guerrilha, Raúl Reyes, morto em março- já havia sido revelado pela Folha há um mês.

O Palácio do Planalto vê pressão política por traz da divulgação, pela revista colombiana "Cambio", de uma coletânea de e-mails atribuídos a dirigentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) citando membros do governo brasileiro. O teor das mensagens -que o governo colombiano afirma ter encontrado nos computadores pertencentes ao número dois da guerrilha, Raúl Reyes, morto em março- já havia sido revelado pela Folha há um mês.

A Folha de hoje diz: (...) o governo da Colômbia quer "pôr a mão" no ex-padre guerrilheiro Olivério Medina. A idéia seria usar os e-mails do computador de Reyes para conseguir a anulação do status de refugiado político obtido por Medina na Justiça e conseguir sua extradição.

Nas reportagens publicadas no final de junho e início de julho, a Folha mostrou que a troca de mensagens entre dirigentes das Farc não revelava tal acesso privilegiado ao governo. Em alguns casos, os e-mails sugerem simpatia de certos assessores, mas não demonstram uma relação institucional do Palácio do Planalto com o grupo colombiano. A lista de brasileiros citados nos e-mails tem cerca de 60 nomes, entre vereadores, deputados, senadores, acadêmicos, juízes, procuradores e ministros. São citados, além do PT, PDT, PCdoB e PSol, finaliza a Folha

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