A Petrobras confirmou ontem a existência de mais um reservatório com petróleo leve, de 30º API, na camada de pré-sal da bacia de Santos. Quanto mais alto o grau, mais aproveitável é o óleo.
A companhia informou que encontrou uma acumulação no prospecto de Iara, no mesmo bloco BM-S-11 onde encontrou o campo de Tupi. O prospecto de Iara já era conhecido e um reservatório foi encontrado depois de perfurados 5.600 metros de rochas a uma distância de 2.230 metros até o fundo do mar. O poço fica a 230 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro, ao nordeste do prospecto de Tupi e a noroeste de Júpiter, todos na região do pré-sal da bacia de Santos, onde a Petrobras está concentrando seus esforços exploratórios.
A ocorrência de uma camada espessa de sal com mais de 800 quilômetros de extensão funcionou como um poderoso "selante" para evitar a transpiração do petróleo e gás que aparentemente ocorrem em grandes volumes e grandes profundidades na área.
A Petrobras estima que os reservatórios no pré-sal superam em muito todas as descobertas realizadas no país até agora, incluindo tudo o que já foi descoberto na bacia de Campos. Foram encontrados reservatórios em todas as perfurações feitas, o que até agora representa uma taxa de sucesso de 100%, diante de média de 30% da indústria. Assim, a existência de petróleo em Iara já era quase uma certeza. Assim como Tupi, Iara tem como sócios a Petrobras (65%), a britânica BG (25%) e a portuguesa Galp Energia (10%). Em Tupi, a companhia descobriu grandes reservas de gás.
Até o momento, a Petrobras confirmou a existência de reservatórios em oito prospectos perfurados na bacia de Santos: Tupi, Parati, Caramba, Bem-te-vi, Carioca, Guará (no bloco BM-S-9), e Júpiter (BM-S-24), além de Iara. Em Guará e Júpiter são esperadas notícias sobre o resultado de novas perfurações que estão em fase de conclusão. O único bloco na área de Tupi operado por uma empresa estrangeira, o BM-S-22 (Exxon, Hess e Petrobras), recebeu o nome de Ogum e também já está sendo perfurado.
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