Que tipo de jornalista poderia pautar matérias pela opinião do advogado de defesa de Fernandinho Beira-Mar, para fazer a cobertura de seus crimes?
Um advogado comprometido com a defesa do réu, que tem obrigação de sigilo com o réu, tem qualquer isenção para suas declarações públicas, que nada acrescentam ao fatos, ser matéria de manchetes em primeira página?
Claro que não. Seria e é piada. Por isso nunca vimos na imprensa retumbantes manchetes sobre declarações dos advogados de defesa de Fernandinho Beira-Mar, de Toninho da Barcelona, e tantos outros.
Agora troque o nome de Fernandinho Beira-Mar acima por Daniel Dantas.
O advogado Nélio Machado virou celebridade nacional. Tudo o que ele declara falando mal do Juiz, do delegado, da PF, do Procurador, do governo, é lei: é notícia, é manchete, e vale a versão dele.
Se fosse José Serra falando seria notícia, se fosse Alckmin, FHC, Arthur Virgilio, Agripino, Cesar Maia, Kassab, também seria notícia. Mas um advogado de defesa nunca. Se ele apresentasse provas, documentos seria notícia, mas declarações não.
O PIC (Partido da Imprensa Corrupta) está fazendo um streap tease de sua própria corrupção impressa nas próprias páginas e telas. Estas edições entrarão para a história da imprensa marrom brasileira, como a corrupção infiltrou-se no jornalismo.
A Folha nem esperou Dantas esquentar a cela no dia da primeira prisão (9 de julho), e já virou porta-voz de seus advogados de defesa.
"O GLOBO" ( 18 de julho) publica uma nota oficial burocrática de um banco, que em todos os outros casos de qualquer empresa só é publicado em primeira página, como anúncio pago.
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