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quinta-feira, 10 de julho de 2008

Parlamentares criticam ação da PF


Os parlamentares criticaram ontem a postura da Polícia Federal durante a operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o doleiro Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Ao todo, sete parlamentares, incluindo o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), fizeram referência à avaliação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de que há "espetacularização" das prisões na ação da PF. Seis senadores foram solidários ao ministro. Houve quem se mostrasse indignado com o possível constrangimento aos acusados e o debate acabou em bate-boca.

Os senadores não criticaram as prisões, mas os métodos dos federais. Para os parlamentares houve truculência e exagero. "Que prendam todos os corruptos e condenem a mil anos os ladrões do dinheiro público e os corruptos do colarinho branco. Agora, fazer show para exacerbar o poder de uma polícia de um Estado, não podemos aceitar", disse o senador Tião Viana (PT-AC).

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) seguiu o discurso e reclamou da filmagem na casa do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, ao amanhecer, "para fazer uma humilhação". "Não podemos ficar calados quando existem atitudes e iniciativas policialescas feitas à margem da lei, em que a dignidade do indivíduo não está sendo preservada", afirmou.

O ponto alto da discussão, no entanto, foi o desentendimento entre o senador Pedro Simon (PMDB-RS) e o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), que também fez coro às reclamações contra a PF. Simon cobrou responsabilidade social dos colegas. "Cá entre nós, olha como tem exagero. Vocês já se deram conta de quantas vezes a Polícia Federal entrou na miséria e na fome e ainda matou, feriu? Não vi protestos aqui", ironizou.

Virgílio rebateu e provocou um mal-estar ao dizer que a máscara do peemedebista cairia. Os dois senadores discutiram durante alguns minutos e Simon ainda pediu que o tucano deixasse a tribuna porque estaria irregular. Virgílio ocupou a tribuna no momento reservado ao discurso de Simon. Virgílio não mediu as palavras e alfinetou um afilhado político do peemedebista: "Quem está irregular é o presidente do Banrisul". Depois da troca de acusações, os dois senadores fizeram discursos reconciliadores e se abraçaram no plenário.

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