Pages

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Emprego formal bate recorde no mês de junho


A criação de empregos com carteira assinada bateu recorde histórico em junho e no primeiro semestre. No mês, foram criados 309,4 mil empregos. É o melhor resultado da história para um mês desde 1992, início da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), segundo informou ontem Ministério do Trabalho e Emprego. O número é 70,3% maior do que o apurado em igual mês de 2007, quando somaram 181,6 mil. O recorde anterior foi apurado em abril do ano passado, com criação de 301,9 mil vagas.

Puxado pelo aquecimento da economia, foram criados 1,361 milhão de postos de trabalho no primeiro semestre deste ano. O número é 24,3% maior do que o de igual etapa do ano anterior (1,095 milhão). Outro número inédito observado nos dados do Caged é o dos últimos 12 meses, encerrados em junho, ao atingir 1,883 milhão de novas vagas formais, 5,12% a mais quando se compara com a mesma etapa anterior.

Ao comemorar o resultado -inclusive dos últimos 12 meses -, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse acreditar que este ano o Brasil deva criar mais de 2 milhões de empregos, diante dos indicadores econômicos positivos divulgados até agora. Portanto, acima da previsão anterior, de 1,8 milhão.

"Estou muito otimista. O desempenho de junho me faz ir além; devemos alcançar o recorde histórico de 2 milhões de empregos formais no ano", disse Lupi, ao anunciar os dados.

Segundo o ministro, o mercado de trabalho mostrou no mês passado um comportamento "inédito". Pois, diz, tradicionalmente em junho ocorre desaceleração no número de novos postos em relação a maio.

De acordo com os dados, o estoque total de emprego formal no Brasil passou de 28,9 milhões, no fim de 2007, para 30,37 milhões de pessoas no mês passado.

O ministro afirmou que a criação de empregos em junho foi generalizada. Atingiu a quase todos os setores da economia. No semestre, os destaques foram os setores de serviços, com 438,8 mil novos empregos. A indústria de transformação, com 317,9 mil. Agricultura, com 227 vagas. E a construção civil, com 197,1 mil postos.

Para o ministro do Trabalho, a criação de emprego é homogênea e atinge todas as áreas, o que demonstra a "força da economia brasileira. "Não existe bolha de crescimento pontual em um único setor".

Disse ainda que mesmo diante da crise mundial pela qual passa o setor alimentos, o setor no Brasil permanece gerando empregos. "Somos os maiores exportadores de alimentos, temos muita terra para produzir e a característica continental favorece a isso".

Em junho, por exemplo, destacou o ministro, o setor agrícola apresentou o maior número de empregos novos. Foram 92,5 mil a mais (ou 5,67%), um resultado recordes para o mês, influenciados pelos fatores sazonais. Tais como as colheitas de café e de frutas cítricas.

Lupi informou que também em junho todos os setores econômicos elevaram o número de empregados. A exceção foi do segmento de ensino, em razão do período de férias. Houve redução de 1,718 mil vagas no setor, mas ainda menor do que as perdas de 3,3 mil observadas em igual mês do ano passado.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração