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terça-feira, 8 de julho de 2008

Dantas em off: US$ 200 milhões da TIM para corrupção tucana na privatização da CRT

Ney Figueiredo, ex-consultor da Febraban, da Fiesp e da CNI foi contratado em 2004 para melhorar a imagem de Daniel Dantas.

Testemunha ocular dos corredores do Banco Opportunity, Ney Figueiredo descreve em seu livro "Diálogos com o Poder" uma pergunta que Daniel Dantas confidenciara a políticos de sua confiança:

"Onde foram parar os US$ 200 milhões que a Itália Telecom, como sócia da Brasil Telecom [à época controlada por Daniel Dantas], teria pago a mais pela Cia. Riograndense de Telecomunicações (CRT)?"

Outro publicitário, Mauro Salles, foi contratado por Daniel Dantas para fazer lobby junto ao então ministro das comunicações tucano Pimenta da Veiga, nas negociações da CRT com a TIM.

Salles agendou um encontro entre Dantas e o ministro. As conversas foram um pouco
"salgadas", o que levou Mauro Salles a escrever uma carta diretamente à FHC, com quem tinha intimidade:

"Meu caro presidente, ... estive com o ministro Pimenta da Veiga (Comunicações), junto com Daniel Dantas ... O objetivo do encontro era a busca de sintonia ... visando equacionar os problemas que cercam a compra da CRT".

"Fiquei surpreso quando o ministro afirmou que a nossa interpretação dos posicionamentos do presidente [da República] estavam equivocadas".

Era julho de 2000. Corriam pelos subterrâneos, nas palavras de Mauro Salles, "interpretações maliciosas".
Buscava-se "implicar o presidente em uma armação inconcebível."
Insinuava-se que FHC estaria de acordo com o ágio embutido no valor da CRT.

Salles arrematou a carta com um apelo ao presidente da República:

"Preciso de uma palavra sua para dissipar as dúvidas levantadas pelo ministro Pimenta ... Desculpe o desabafo. E não me deixe sozinho nesta luta em que estou ... procurando defender ... o próprio interesse nacional".

O que respondeu FHC, nunca foi revelado. Mas sabe-se que o publicitário contratado por Daniel Dantas produziu um dossiê.

São coisas que Daniel Dantas diz em privado e se nega a repetir em público.

Estas histórias circulavam em off na imprensa demo-tucana (como narra, só agora, Josias de Souza em seu blog do PIG). Mas ninguém publicava.

Mantinham o tampão do esgoto tampado para não exalar mais ainda o mau cheiro da privataria demo-tucana.

A prisão de Dantas abriu uma fenda no tampão e mau cheiro está vazando.

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