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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Príncipe Albert decide futuro de Salvatore Cacciola

O ex-banqueiro Salvatore Cacciola perdeu novamente no Judiciário europeu e, agora, só lhe resta a decisão final do príncipe Albert, de Mônaco.


Ontem, a Corte de Direitos Humanos da Europa negou recurso dos advogados de Cacciola para que ele não fosse extraditado ao Brasil. Anteontem, a Corte de Apelação de Mônaco já havia negado outro recurso de Cacciola.

"A impunidade tem sofrido derrotas sucessivas", comemorou o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. Segundo ele, está cada mais próxima a possibilidade de se efetivar a extradição.

O recurso à Corte Européia de Direitos Humanos foi inédito. Foi uma última tentativa dos advogados de Cacciola de reverter o parecer da Câmara do Conselho da Corte de Apelação de Mônaco, que decidiu pela regularidade do processo para a extradição.

Com isso, resta apenas a decisão final do príncipe. A expectativa é que seja tomada em julho. Albert nunca contrariou as decisões da Justiça em casos de extradição.

O governo brasileiro tem usado mecanismos de cooperação internacional no caso Cacciola. O ex-banqueiro foi preso num hotel em Monte Carlo, no Principado de Mônaco, em 15 de setembro, graças à cooperação com a Interpol.

Cacciola estava foragido desde 2001, quando obteve um "habeas corpus" do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, para que respondesse ao processo em liberdade.

Uma vez livre, ele fugiu para a Itália, passando antes pelo Uruguai. Em outubro de 2005, a Justiça do Rio condenou Cacciola a 13 anos de prisão por peculato e gestão fraudulenta de seu banco o Marka. Ele é suspeito de ter obtido dólares a preços mais baratos do que os de mercado, em janeiro de 1999, quando houve o fim da paridade entre o dólar e o real e o preço da moeda americana disparou. Assim que chegar ao Brasil, Cacciola terá de responder a esse processo e será encaminhado à prisão.

Por falar em inflação, Cacciola, se vier para o Brasil, vai contar toda a história do banco Marka em detalhes. Vai haver tucano de calça curta. Romeu Tuma Junior, secretário nacional da Justiça, acompanha a cooperação entre as nações para que o caso seja um marco contra a impunidade.Os tucanos, mais do que nunca torcem por pizza e, claro, que Salvatore Cacciola nunca mais volte

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