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quarta-feira, 18 de junho de 2008

O ex-genro de FHC


Quando David Zylbersztajn, 48 anos, se separou de Bia Cardoso, 42 anos, em junho de 2001, o presidente Fernando Henrique Cardoso não perdeu apenas a convivência com o pai de seus netos, Júlia, 12 anos, e Pedro, 9 anos. Perdeu um grande companheiro. Pelo menos uma vez por semana, sogro e genro costumavam passar a noite em animados jogos de pôquer num dos salões do Palácio da Alvorada em Brasília. Era uma disputa regada por discussões passionais sobre a situação política e econômica do País, que envolviam opiniões particulares sobre as personalidades do poder. “Ainda hoje guardo um cheque do presidente”, diz Zylbersztajn numa risada marota, lembrando a fama de avareza do ex-sogro, que não gostava de perder no jogo. “Mas perdia”, conta orgulhoso.

Ele era conhecido por “Duda” e foi monitor de uma colônia de férias da Comunidade Judaica ligada ao Partido Comunista Brasileiro. Usava uma barba maior que a de Jesus Cristo e, nesta época, ficou amigo dos atuais integrantes do Casseta e Planeta.

Poderia ter integrado o grupo, mas acabou se especializando em engenharia na França. Logo após a separação com a filha de FHC, Bia Cardoso, Zylbersztajn se envolveu num relacionamento com a ex-presidente da CSN, Maria Silvia Marques, o que deixou a família bastante ressentida. Ainda hoje, sua ex-sogra, Ruth Cardoso, não lhe dirige a palavra. “Não dá para agradar a todo mundo”, diz. O romance terminou e Zylbesztajn foi visto algumas vezes ao lado da ex-mulher, depois, namorou a clarinetista da Orquestra Sinfônica Brasileira, Lúcia Morelenbaum.

A separação com a filha de FHC se deu em plena crise de energia, da qual ele participou ativamente. Foi dele a proposta de racionamento e da criação de uma câmara para gerir a crise, que salvaram o governo da adoção do impopular apagão. Mas o sucesso do racionamento acabou creditado ao Chefe da Casa Civil, Pedro Parente.

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