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terça-feira, 17 de junho de 2008

BB dará crédito à baixa renda na troca de geladeiras antigas


Em Abril deste ano, eu disse aqui.:"O governo Lula pretende estimular a troca de 10 milhões de geladeiras antigas em todo o país por meio de um programa que será lançado ainda esse ano voltado para a população de baixa renda"

Hoje, 17 de junho...O Banco Popular do Brasil, subsidiária do Banco do Brasil para o segmento de microfinanças, assinou convênio com a Neoenergia para financiar consumidores de baixa renda que querem trocar geladeiras antigas por novas, com consumo mais baixo de energia elétrica.

Em um primeiro momento, será realizado um projeto-piloto com 19,6 mil clientes de concessionárias controladas pela Neoenergia na Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. "É uma oportunidade para aumentarmos a nossa base de clientes", disse o diretor de menor renda do BB, Robson Rocha.

O Banco Popular irá financiar 40% do preço da geladeira, que, no mercado, custaria no total R$ 600. Os outros 60% serão pagos pela Neoenergia, por meio do Programa de Eficiência Energética do Ministério das Minas e Energia, que obriga as concessionárias a dirigirem parte das receitas a programas de redução do consumo de energia.

O financiamento será de R$ 244 e poderá ser pago em até 24 parcelas, de R$ 13,24. Os juros cobrados são os mesmos do microcrédito - ou seja, 2% ao mês. Na operação, também incide uma taxa de abertura de crédito (TAC) de 2% e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 3,38%, o que totaliza um custo efetivo global (CET) de 36,33% ao ano.

Desde 2006, a Neoenergia mantém um programa de troca de geladeiras, mas, até então, o eletrodoméstico era doado - foram 24.385 refrigeradores. Após fazer a troca de refrigeradores antigos por novos, os clientes de Salvador tiveram, em média, uma queda imediata de R$ 21 na sua conta de energia elétrica. Num prazo de um ano, a economia mensal subiu para R$ 35. As geladeiras velhas são recolhidas e vendidas como sucata.

"O programa permitiu reduzirmos os índices de furto de energia elétrica e de inadimplência", afirma o presidente executivo da Neoenergia, Marcelo Maia de Azevedo Corrêa. Segundo a empresa, o índice de adimplência entre quem trocou a geladeira subiu de 75% para 85%.

Rocha, do Banco Popular, afirma que, durante o projeto-piloto, a instituição irá monitorar os indicadores de inadimplência para, a partir de então, decidir pela expansão do projeto.

Para tomar o financiamento, é necessário abrir conta no Banco Popular. Cerca de 4,2 milhões de clientes do grupo Neoenergia são de baixa renda. O presidente do BB, Antonio Francisco de Lima Neto, colocou-se à disposição para assinar convênios semelhantes com outras concessionárias ou órgãos que atuam na área.

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