Pages

terça-feira, 17 de junho de 2008

Ação paramilitar é a questão


11 soldados do Exército foram presos no Rio de Janeiro, acusados de sequestro de 3 jovens de uma comunidade carente, e de entregá-los à uma facção rival em outra comunidade. O desfecho foi trágico: os 3 jovens assassinados pelos traficantes, depois de serem torturados.

A versão oficial do Comando do Leste, é de que os 3 foram detidos e levados ao oficial de plantão, que os libertou. O que aconteceu depois foram atividades paramilitares de responsabilidade dos soldados e oficiais infratores, contrárias às determinações do Exército.

Um tenente de 25 anos, responsável pelo episódio, alegou que queria apenas aplicar um "corretivo" devido ao desacato dos jovens. A explicação é muito preocupante.

É inadimissível que:

1) Autoridades, sobretudo armadas, agirem fora da lei. Quem tem prerrogativa constitucional do uso da força quando necessária, não pode usar a força fora da lei. Não pode aplicar corretivos arbitrários. Jamais podem se envolver em atividades paramilitares.

2) Soldados não podem estabelecer esse tipo de relacionamento com facções criminosas, a ponto de negociarem a entrega de pessoas para uma facção.

A instituição Exército parece não estar demonstrando tolerância com esse tipo de coisa, e apesar de todo o constrangimento e espírito de corporação, abriu processos de punição à estes desvios. Esperamos rigor.

Porque mais grave seria se atividades paramilitares fossem consentidas ou toleradas por superiores.

O episódio provocou a vinda do Ministro da Defesa ao Rio de Janeiro, que declarou ser a ação paramilitar inconsequente e inadimissível.

Há também grave tentativa de exploração política e econômica do episódio.

A oposição e o PIG em vez de focar no grave problema de atividades paramilitares dentro das Forças Armadas, querem desviar as acusações para o governo Lula ter feito convênio com o exército nas obras.

Os batalhões de Engenharia do Exército existem para fazer pontes, abrir pistas de pouso, estradas, prover infra-estrutura de suporte em caso de guerras.

Nos períodos de paz, participa de missões humanitárias, e de obras de interesse nacional, até para desenvolver experiência.

Esses trabalhos incluem construção de estradas, ferrovias, pontes, viadutos, túneis, aeroportos, instalações portuárias, açudes, poços artesianos, tubulações de água e esgotos e mapeamentos e demarcação de áreas. Estão definidos na Lei Complementar Nº 97, de 09 de junho de 1999, que regulamenta a cooperação das Forças Armadas com o desenvolvimento nacional e defesa civil.

Entre as grandes obras, participam da interligação da bacia do Rio São Francisco.

Os trabalhos no morro da Providência em convênio com Ministério da Cidade atende ao propósito destas missões em períodos de paz.

Sempre houve oposição de empreiteiras à atuação da Engenharia do Exército por motivos óbvios: os empreiteiros da operação navalha perdem a receita da obra. Daí vem um foco de lobby, que patrocina os abutres do PIG para explorarem o episódio.

O Comando Militar do Leste sempre se preocupou com a atuação de traficantes neste morro, com armamento pesado, e um dos líderes do tráfico era ex-militar. Fica há cerca de 500 metros de sua sede, e o terreno dá vantagem aos bandidos, pois os traficantes ficam no alto do morro, enquanto o quartel fica em baixo. Isso coloca o Comando Militar do Leste na desconfortável posição de alvo (ver foto por satélite acima).

Portanto a urbanização do local e a presença do estado com a remoção da bandidagem de sua vizinhança, é também de interesse do Comando Militar do Leste, ao contrário do que diz o PIG e César Maia.

O que não podemos aceitar é atividades paramilitares dentro das Forças Armadas.

E não podemos aceitar também o desvio de foco para exploração política pelos abutres, como César Maia quer, aproveitando-se da trágica morte dos 3 rapazes para criticar em ano eleitoral uma obra social da maior importância que tem tudo para ser bem sucedida, e melhorará as condições de vida e moradia destas pessoas. Além disso, saneará a segurança pública para os moradores e nos arredores. Os abutres da oposição e do PIG fazem coro à Cesar Maia.

Esta experiência do Exército, está sendo feita com sucesso no Haiti, é piloto no Brasil e, se bem sucedida no morro da Providência, no Rio, pode ser replicada em outras áreas e outras cidades.

As pessoas mais necessitadas a serem beneficiadas agradecem, se um episódio deplorável de violência arbitrária, não for usado para paralisar as ações sociais.

O extremo surto de imbecilidade foi cometido por Lúcia Hippólito, que mereceu um post à parte.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração