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Os cinco procuradores que investigam o caso mantêm em sigilo os nomes dos denunciados. Em novembro do ano passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Rodin, que prendeu 14 suspeitos de terem participado da fraude -entre eles o empresário Lair Ferst, que atuou na arrecadação de fundos para a campanha da governadora Yeda Crusius (PSDB) em 2006, e ex-diretores do Detran. Em março, a PF indiciou 39 pessoas no caso. Os suspeitos são filiados a partidos que apóiam Yeda Crusius, como PP, PSDB e PMDB.
Segundo a Procuradoria, a fraude consistia no superfaturamento dos contratos, firmados sem licitação, entre o Detran e duas fundações vinculadas à Universidade Federal de Santa Maria, a Fatec (Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia) e a Fundae (Fundação para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura). As fundações, ainda de acordo com a Procuradoria, terceirizavam serviços do Detran, contratando outras empresas envolvidas no esquema, entre 2003 e 2007. A denúncia será apresentada à juíza Simone Fortes, da Justiça Federal em Santa Maria (286 km de Porto Alegre), e tem mais de 200 páginas.
A força-tarefa da Procuradoria anexou também documentos e arquivos de computador que considera incriminatórios, como cópias de trocas de e-mails entre os suspeitos. O caso tem grande repercussão política no Rio Grande do Sul. Deputados de oposição à governadora tucana conseguiram instalar, em fevereiro, uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembléia Legislativa gaúcha para apurar irregularidades no Detran. Na segunda-feira, o deputado federal José Otávio Germano (PP), secretário de Segurança Pública durante a gestão do peemedebista Germano Rigotto (2003-2006), depôs durante mais de sete horas à comissão e negou saber do esquema de subcontratações vigentes no departamento subordinado à sua pasta.(Com informações da Folha)
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