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terça-feira, 6 de maio de 2008

Pistoleiros de Prefeito do DEMO atiram contra indígenas em Raposa do Sol

Covardia, bandidagem e terrorismo em Raposa do Sol:

Pistoleiros do prefeito da Paracaina (cidade de Roraima, na área da reserva Raposa do Sol), Paulo César Quartieiro (dos DEMos), abriram fogo e lançaram bombas caseiras contra os índios.

Dez foram baleados, sendo três feridos gravemente.

Após um grupo de aproximadamente 100 índios iniciar a construção de quatro barracões na área da comunidade Renascer, os jagunços passaram em duas motocicletas e ameaçaram o grupo para deixar o local.

Com a negativa dos índios, eles foram até a sede da fazenda do Prefeito do DEMo e retornaram com 20 homens armados e encapuzados em quatro motos e uma caminhonete. “Já desceram atirando e jogando bomba”, conta Tereza Pereira de Souza, que presenciou o ataque.

Em 26 de março passado, esse mesmo grupo de jagunços, colocaram fogo na maloca da comunidade indígena que vive em Surumu (mesma área deste novo ataque).

Quartieiro é líder arrozeiro, grupo que faz grilagem de terras na reserva indígena.

Em fevereiro de 2007, seu mandato de prefeito foi cassado pelo TRE de Rondônia, por abuso de poder econômico e compra de votos durante as eleições de 2004.

Recorrendo ao TSE, Marco Aurélio de Mello julgou pela recondução ao cargo no último dia 25 de março.

Desde então, encorajados com a impunidade, acirraram as provocações e violência contra as comunidades indígenas.

No dia 31 de março último, Quatieiro foi preso pela Polícia Federal (infelizmente por pouco tempo), em consequência de seu grupo ter interditado a ponte de acesso à região com carros, tratores e pneus, visando impedir a ação da Polícia Federal. Houve conflito, com explosão de uma bomba pelos manifestantes.

O Dep. Federal Márcio Junqueira (DEMo/PFL-RR) também é acusado de incitar invasores arrozeiros contra a Polícia Federal defender os índios.

Torna-se tradição na Região Norte bandoleiros abrigarem-se na legenda dos DEMos.

No Acre, quando ainda era PFL, havia o grupo do ex-deputado Hidelbrando Pascoal, cujos assassinatos chegaram a ser feitos com requintes de crueldade, como esquartejamento vivo por moto-serra.

Com informações do CIR (Conselho Indígena de Roraima) e do Portal Vermelho.

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