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quinta-feira, 1 de maio de 2008

PF e Ibama reagem a proposta de senadores de suspender Operação Arco de Fogo


O coordenador-geral da Operação Arco de Fogo, delegado federal Álvaro Palharini, considerou hoje (23) "contraditória" a proposta do grupo de senadores que defende o fim da operação, que desde fevereiro atua no combate ao desmatamento ilegal em Mato Grosso, Pará e Rondônia.

Os parlamentares cogitam promover uma obstrução das votações no Senado Federal para pressionar o fim da operação em municípios dos três estados. Palharini lembrou que “quem produz as leis é o Congresso, são os senadores – ou seja, eles próprios produziram as leis que agora querem que não se cumpra”. Os senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Expedito Júnior (PR-RO) e Jayme Campos (DEM-MT) e o deputado estadual César Collares (PSDB-PA), querem obstruir a pauta de votações do Senado até que ações da Operação Arco de Fogo, da Polícia Federal, sejam suspensas.

Para o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Flávio Montiel, com a proposta, os senadores estariam desconsiderando a atribuição do Estado de cumprir ações de fiscalização.

“No meu entendimento, quem quer impedir a fiscalização compartilha o ato ilegal”, avaliou. “A ação fiscalizatória não sofre interferência política de nenhum tipo, é parte do Plano Nacional de Combate ao Desmatamento na Amazônia, uma ação do Estado, reúne 12 ministérios”, argumentou.


SENADORES CONTRA A OPERAÇÃO 'ARCO DO FOGO'











senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA)










senador Jayme Campos (DEM/MT)












senador Expedito Júnior (PR-RO)




senador Gilberto Goellner (DEM/MT)

Deputados

deputados federais pelo Pará, Nilson Pinto e Zenaldo Coutinho (PSDB).
Lira Maia (DEM)
deputados estaduais do PSDB, José Megale e Alexandre Von
PPS - Arnaldo Jordy

Balanço

As ações já foram realizadas nos estados do Mato Grosso e Rondônia. No Pará, a PF atuou no município de Tailândia e há uma semana está em Paragominas. Até agora foram 19 pessoas presas, mais de R$ 43,2 milhões em multas aplicadas e 39 mil m de madeira apreendidos. O balanço parcial em Paragominas é de 2 presos por porte de armas, R$ 5,7 milhões em multas e mais de três mil m³ de madeira apreendida

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