Quando o assessor do Senador Álvaro Dias, André Fernandes, disse à Polícia Federal que ele entendeu tratar-se de uma chantagem a planilha anexada a seu e-mail, ele violou suas obrigações funcionais ao não denunciar o fato aos órgãos competentes.
O senador Álvaro Dias se esconde atrás das prerrogativas, para preservar a fonte.
Mas o assessor André Fernandes não tem essa prerrogativa.
Nota-se que o e-mail de José Aparecido foi dirigido ao e-mail funcional de André Fernandes no Senado.
Não foi dirigido ao e-mail do senador Álvaro Dias, nem a um e-mail geral do gabinete, que pudesse ser entendido como dirigido ao senador.
Por isso, se André Fernandes viu chantagem no email, tinha obrigação de denunciar àos órgãos corregedores, ou ao Ministério Público Federal.
Ele diz ter avisado ao chefe Álvaro Dias, que alegou, como Senador, não precisar revelar a fonte.
Ok. Por mais feio que seja moralmente um senador ocultar um ilícito, do ponto de vista jurídico, Álvaro Dias salva a sua pele.
Mas esta estória que ele combinou com seu assessor André Fernandes, coloca o assessor em má situação, pois o funcionário não pode ocultar um ilícito.
André Fernandes só se safa, se disser que NÃO sabia que aquilo era informações confidenciais e desdizer que entendeu tratar-se de uma chantagem.
Mas, para isso, o senador Álvaro Dias precisa ter a CORAGEM e a DIGNIDADE de dizer que ele próprio nunca exergou existir na planilha um "dossiê" para chantagear a oposição.
Que tudo não passou de invenção dele.
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