FHC é um afanador contumaz.
Não pode ver um sucesso alheio, que ele, tal qual um cleptomaníaco, quer logo passar os cinco dedos.
Quis afanar o Plano Real de Itamar Franco, e sempre quer afanar os sucessos do governo Lula.
A nova tentativa é querer afanar o Grau de Investimento atribuído ao Brasil, como sendo resultado do ele plantou.
Nada mais falso. Grau de investimento é análise de crédito. Expressa o risco de quem empresta dinheiro de levar um calote.
O principal indicador é o tamanho da dívida em relação ao PIB.
FHC endividava o Brasil para cobrir os rombos que ele produziu (mesmo vendendo o patrimônio via privataria). Então ele afastou-se como ninguém do Grau de Investimento.
Lula, mesmo conseguindo aumentar gastos sociais, fez um governo de austeridade nos outros gastos e foi implacável no combate à sonegação. Conseguiu cobrir muitos rombos deixados por FHC, e por isso, o Grau de Investimento veio.
O governo Lula é muito mais do que a estabilidade econômica. É uma revolução social entre os mais pobres, são milhões de pobres que emergiram para a classe média. É o fim da fome e da miséria absoluta. É a retomada do crescimento econômico, da geração de empregos, de construção da infra-estrutura nacional. É a reconstrução dos serviços de educação, saúde e segurança prestados pelo Estado ao cidadão.
FHC não tem nada para mostrar a que veio seus 8 anos de mandato. Então segura-se na bandeira da estabilidade econômica. Mas a estabilidade foi conquistada por Itamar Franco em 1994. Quando tornou-se presidente, FHC, na verdade, destruiu os fundamentos construídos em 1994, em seguidos rombos. Foram anos perdidos.
O que se chama de política econômica, não passa de contabilidade e matemática financeira. Lula fechou as contas no azul. FHC fechou no vermelho. Por isso o Grau de Investimento veio agora.
O Plano Real começou com Marcílio Marques Moreira no Min. da Fazenda de Collor, que recompôs reservas em dólar para lastrear uma moeda forte. Se Collor não tivesse caído, ele teria lançado o plano Real do mesmo jeito. Não havia nada de novo. Era cópia do que a Argentina já tinha feito, com uma pequena diferença: a rigidez da paridade do dólar lá, e a flexibilidade das bandas cambiais aqui.
Tivesse FHC aproveitado o bom momento deixado por Itamar (que fez um ajuste fiscal rigoroso) e mantido as contas no azul, o Grau de Investimento teria vindo com FHC.
Sofremos à toa durante os últimos 5 anos de FHC e o Grau de Investimento chegou tarde por causa de FHC e não graças a ele.
FHC também quis afanar o Plano Real de Itamar Franco. FHC teve um papel importante como Ministro da Fazenda, mas nem ele era economista (foram os economistas que cuidaram da parte técnica), e nem ele o comandante. O Plano Real foi uma criação coletiva de muitos, e o comandante era o Presidente da República: Itamar Franco.
FHC foi parte do todo. Outros ministros foram tão importantes para o plano Real como ele. Dorothea Werneck e outro tucano, Walter Barelli, articularam pactos salariais com trabalhadores como o Vicentinho (na época presidente da CUT), e controle de preços com empresários. Itamar Franco e seus ministros políticos, como Henrique Hargreaves, articularam a sustentação no Congresso (inclusive fisiológica) para aprovação do plano e para fechar as contas de seu governo no azul.
FHC foi apenas um de muitos ministros da fazenda de Itamar Franco. Foram importantíssamos também para a sustentação do Plano Real, outros ministros como Ciro Gomes e Rubens Ricúpero (inclusive para ajudar a eleger FHC em 94, como mostrou o episódio da parabólica).
Itamar Franco tem outros defeitos. Ninguém questiona sua honestidade pessoal, mas anda em péssimas companhias: emprestou seu nome para ser vice de Collor. Escolheu FHC para sucessor, e anda apoiando Aécio Neves para 2010.
Mas quanto ao plano Real, a César o que o que é de César: Itamar Franco foi o presidente responsável.
E quanto ao Grau de Investimento, as honras são de Lula.
FHC é a maior de todas enganações que o PIG sempre vendeu para o distinto público.
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