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terça-feira, 20 de maio de 2008

Dona Marisa vive seu primeiro dia de política




A esposa do Presidente Lula faz visita oficial sem Lula, na qual lança congresso contra exploração sexual de crianças e adolescentes



Ainda tímida, mas carismática, a primeira-dama, Marisa Letícia Lula da Silva, teve ontem seu dia de política. Em sua primeira viagem solo sem o marido-Presidente em seis anos de governo Lula, ela recebeu buquê de flores, abraçou crianças de um grupo de teatro e, de forma igualmente inédita, deu uma minicoletiva na qual chamou de “um horror” o drama da exploração sexual de crianças no país. Ao lado do governador do Rio em exercício, Luiz Fernando Pezão e do secretário Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, dona Marisa viajou ao Rio para lançar, como presidente de honra, o III Congresso Mundial de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que acontecerá de 25 a 28 de novembro no Rio.

Dona Marisa assistiu a toda a cerimônia, realizada no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, e depois, a pedido dos jornalistas, respondeu a três perguntas. “Como mãe, avó, primeira-dama, aceitei o convite, vou participar junto e vamos ir para o congresso. Temos que melhorar a situação da criança e do adolescente”, defendeu. “É um horror. Temos que mudar. Temos que começar a levar isso para dentro do nosso trabalho, discutir esse assunto. E a população precisa nos ajudar. E vocês também da mídia”, completou.

A primeira-dama prometeu participar de todos os quatro dias do evento, que contarão ainda com as presenças da brasileira Silvia Renata de Toledo Sommerlath, rainha da Suécia, da princesa Caroline de Mônaco e da imperatriz japonesa Michiko. O 1º Congresso aconteceu em Estocolmo, na Suécia, em 1996 e o 2º foi em 2001, em Yokohama, no Japão. “A minha atuação é o que estou fazendo, dando o maior apoio. Procurei ajudar trazer para o Brasil esse evento, que é muito importante para nossas crianças, nossos adolescentes”, encerrou Marisa Letícia.

Marisa teve a companhia feminina da ex-senadora petista, ex-ministra e atual secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Benedita da Silva, que chorou ao falar do drama dos meninos e meninas de rua. Chamada todo o tempo de “querida companheira”, a primeira-dama recebeu até um pedido público para que intervenha com o Presidente Lula e pressione o Senado para que não deixe passar projeto de lei do deputado Márcio França (PSB-SP) aprovado pela Câmara, na última quarta-feira, que determina que o juiz, ao fixar a pena-base, observe se o réu já cumpriu medida socioeducativa de internação quando era menor de 18 anos. “Estamos rasgando a Constituição e o Estatuto do Menor”, disse o deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE), representante da Frente Parlamentar pelo Direito da Criança e do Adolescente.

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