Crédito pré-aprovado para compra de casa

A Caixa Econômica Federal vai oferecer crédito pré-aprovado a 1,055 milhão de clientes neste ano para a compra da casa própria. Os primeiros 400 mil beneficiários dos financiamentos serão informados ainda neste mês pela instituição. O valor disponibilizado poderá ser destinado para imóveis novos, usados e na planta. O prazo de pagamento será de até 30 anos. A linha de crédito dependerá do perfil do cliente, de sua renda e da capacidade de endividamento.

Com o crédito pré-aprovado, a Caixa quer incrementar os feirões da casa própria que serão realizados em 10 capitais do país até junho. Os feirões permitem que os financiamentos às moradias sejam concedidos de forma ágil e sem burocracia. A meta do banco, é que pelo menos 550 mil pessoas passem pelos centros de vendas.

A Caixa informou que tem mais de R$ 13 bilhões disponíveis para aqueles que desejam comprar a casa própria. São recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da caderneta de poupança. Caso a demanda se mantenha aquecida até o final do ano, os desembolsos totais da instituição poderão chegar a R$ 20,3 bilhões. No primeiro trimestre do ano, a Caixa financiou R$ 3,2 bilhões, volume 12% superior ao liberado no mesmo período de 2007.

A demanda por imóveis está aquecida devido à combinação de aumento da renda, com desemprego em baixa, juros em queda e prazos mais longos para pagamento, que diluem o valor das prestações, permitindo que elas se encaixem no orçamento das famílias.

R$ 55 milhões para subsidiar moradia

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) decidiu ampliar em R$ 55 milhões a parcela de recursos do fundo para subsidiar a construção de habitações populares nas áreas rurais. Será destinado neste ano um total de R$ 194 milhões, em vez dos R$ 139 milhões previstos anteriormente, para famílias da área rural com renda mensal de até R$ 760. A Caixa Econômica Federal vai estudar formas de desburocratizar os empréstimos destinados a esse segmento.

A ampliação dos subsídios com dinheiro do FGTS e redução das exigências da Caixa foram reivindicações dos movimentos sociais, principalmente do Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST). Nas invasões de terras e de prédios públicos, lideradas pelo MST no mês passado, aumentou a pressão sobre o governo por essas medidas.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, revelou que, há 15 dias, houve uma reunião com o Presidente Lula para avaliação dos pedidos e se tomou a decisão de buscar uma solução dentro das regras de aplicação dos recursos do FGTS. O subsídio complementa empréstimos habitacionais da população mais carente, sem retorno ao patrimônio do fundo. A aplicação na área rural faz parte do orçamento de R$ 1,55 bilhão do FGTS que este ano será destinado ao subsídio de moradia popular para famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil.