O Ministério Público Federal (MPF) poderá elevar o número de indiciados pela fraude no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio Grande do Sul dos 39 apontados pelo inquérito da Polícia Federal (PF) para mais de 60 na denúncia que encaminhará à Justiça em cerca de 20 dias. A possibilidade foi admitida ontem pelos procuradores da República Enrico Rodrigues de Freitas e Alexandre Schneider, que colhem novas provas e cruzam dados para preparar a acusação.
A falcatrua tornou-se pública em 6 de novembro, quando a PF, na Operação Rodin, prendeu 14 acusados de montar um esquema que havia desviado R$ 40 milhões do Detran desde 2003. Nas investigações, a polícia descobriu que o departamento contratava a Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), sem licitação, para elaborar e aplicar testes de habilitação de condutores de veículos automotores. A Fatec é acusada de subcontratar as empresas privadas Pensant Consultores, Rio del Sur Auditoria & Consultoria, Newmark Tecnologia e Carlos Rosa Advogados Associados para executar o serviço ou prestar funções de apoio. Os preços seriam superfaturados.
Parte dos lucros era encaminhada a diretores do Diretor. Em abril de 2007, a Fatec foi substituída pela Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e o Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae), também ligada à UFSM, mas o sistema se manteve. Entre os indiciados pela corporação como participantes do esquema, estão o empresário Lair Ferst, integrante das campanhas do PSDB e de Yeda Crusius (PSDB). no Estado, o engenheiro e administrador de empresas Hermínio Gomes Júnior, ligado ao PMDB, o tesoureiro afastado do PP, Antônio Dorneu Maciel, os ex-diretores-presidentes do Detran Carlos Ubiratan dos Santos e Flávio Vaz Netto, ligados ao PP, e diversos diretores e funcionários das empresas envolvidas, da UFSM, da Fatec e da Fundae.
Governo da tucana Yeda Crusius atolado em corrupação
Ação da Polícia Federal contra quadrilha especializada em fraudes no Departamento Estadual de Trânsito provocou a prisão de 12 pessoas. Entre elas, o diretor-presidente do órgão, Flavio Vaz Netto, o ex-diretor, Carlos Ubiratan dos Santos, o diretor da Companhia de Energia Elétrica, Antonio Maciel, e um dos coordenadores da campanha da governadora Yeda Crusius (PSDB).Lair Ferst.
Políticos aliados de Yeda Crusius acusados de formar quadrilha
Polícia Federal indicia 39 pessoas no RS, acusadas de integrar uma quadrilha que roubou R$ 40 milhões do Detran. Entre os envolvidos, está um dos coordenadores da campanha de Yeda Crusius (PSDB) e figuras importantes de seu governo. Ex-secretário de Segurança do governo Rigotto (PMDB) é acusado por delegado de chefiar quadrilha.Leia o artigo escrito por Marco Aurélio Weissheimer
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