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quinta-feira, 6 de março de 2008

Tendência aponta para sobra de energia no Brasil

Mirian Leitão deve estar desolada.

Ou vai "pagar mico" também se ela se fiar em um relatório do IPEA prevendo falta de energia em 2010. O relatório já foi desmentido pelos números, pois prevê que para um crescimento no PIB de 5%, seriam necessário um acréscimo de 6,5% de energia, quando na verdade são necessários apenas 5%.

Até 2013 a probabilidade de haver apagão é muito baixa, de acordo com o Prof. Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Energia Elétrica (Gesel), do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Mesmo com um crescimento continuado da ordem de 5% ao ano, as obras do PAC devem suprir a demanda de energia com sobras.

O motivo é porque estudos anteriores (do IPEA) considerou que cada 1% de crescimento do Produto Interno Bruto(PIB) precisaria 1,3% de aumento de geração elétrica. Mas a realidade mostra que a relação real foi reduzida para praticamente 1 para 1.

Enquanto o PIB no ano passado cresceu em torno de 5,6% (números finais ainda serão confirmados), o crescimento do consumo atingiu 5,4%, de acordo com informação da Empresa de Pesquisa Energética(EPE).

O consumo de energia elétrica não está crescendo na mesma proporção de anos atrás, porque o consumo está sendo mais racional, tanto por motivos de preocupação com custos, como ambientais. Todas as classes de consumidores estão utilizando métodos, processos e equipamentos poupadores de eletricidade. Um processo que deve continuar.

O professor confirmou que, apesar da dependência da chuva para manter cheios os reservatórios, todos os cuidados estão sendo tomados para evitar o risco de um novo desabastecimento no país. E as condições hoje de um apagão igual ao de 2001 são totalmente diferentes. A probabilidade é muito baixa.

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