A Polícia Federal prendeu 21 pessoas ontem no interior de Alagoas, incluindo funcionários de prefeituras, do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e Receita Federal, todas acusadas de envolvimento com fraudes contra a Previdência. As investigações começaram no ano passado, durante a apuração de uma operação em que a PF fez uma devassa na contabilidade da Assembléia Legislativa do estado, prendendo diversas pessoas, inclusive um deputado por porte ilegal de armas. Segundo o Ministério Público Federal, os prejuízos aos cofres com as irregularidades descobertas na Operação Bengala foi de R$ 200 mil mensalmente.
Segundo Rodrigo Tenório, procurador da República em Arapiraca — um dos municípios investigados —, o grupo falsificava documentos para utilizarem no recebimento de recursos previdenciários fraudados. Isso era feito com a ajuda de servidores da Receita, responsáveis pelos CPFs falsos, e do INSS, que colocavam os nomes dos falsos contribuintes que teriam dinheiro a benefícios. Além de Arapiraca, a PF descobriu irregularidades também em São Miguel dos Campos e Teotônio Vilela.
Essta foi a segunda maior operação realizada em Alagoas, em menos de seis meses, que teve como objetivo acabar com fraudes envolvendo dinheiro público. Na última, onde havia a conivência de nove deputados estaduais, a PF desarmou um esquema que desviou em torno de R$ 250 milhões nos últimos 10 anos. Ontem, a Justiça Federal no estado decretou o bloqueio de contas bancárias e dos bens móveis e imóveis dos acusados.
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