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segunda-feira, 3 de março de 2008

Festa de Aldo foi apoteose tucana


Anote esta: no Brasil, em festa de comunista, quem comemora é a direita. E se o Presidente Lula tivesse prestigiado a celebração dos 30 anos de vida pública do deputado Aldo Rebelo (PCdoB), em nenhum outro lugar a sua máxima "nunca na História desse país..." seria tão pertinente.

No sábado, num clube em São Paulo onde reuniu cerca de 2 mil militantes, Aldo conseguiu o improvável na atual conjuntura: uniu no palanque José Serra, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab. Ali, sorrisos abertos e tapinhas nas costas, pareciam amigos de infância. O encontro comunista mandou às favas a rivalidade do quarteto. Diante do inusitado palanque, Aécio o definiu bem: "Aldo tem o poder da convergência". Outros quatro governadores passaram por lá: Cid Gomes (Ceará), Eduardo Campos (Pernambuco), José Roberto Arruda (DF) e Teotônio Vilela (Alagoas), além de dois ministros: o do Esporte, Orlando Silva, e o das Relações Institucionais, José Múcio. Com esse cenário, ninguém precisou dizer o óbvio: Aldo lançou-se à prefeitura de São Paulo.

Murphy é da direita

A Lei de Murphy acertou Aldo. Depois de discursos dos amigos, assim que pegou o microfone, caiu um temporal. Metade dos militantes foi embora.

Queridos amigos

Houve o encontro de gerações de ex-presidentes da UNE, tradicionalmente ligada ao PCdoB: Aldo, Lindberg Farias, José Serra, Orlando Silva.

Crise em família

Cid Gomes, o governador do Ceará, mostrou-se preocupado com a candidatura da ex-cunhada Patrícia Saboya (PDT) à prefeitura de Fortaleza: "Gostaria que ela não disputasse. Será um constrangimento".

Crise em família 2

É que o deputado Ciro Gomes (PSB), também na festa, confirmou que subirá no palanque da ex. Ao contrário de Cid, que fechou com a prefeita Luizianne Lins (PT).

Apressados

Orestes Quércia foi e ficou pouco. O ministro José Múcio passou para dar uns abraços, mas ouviu pedidos de cargos. Voou correndo para Juazeiro (BA).

Atrasadinho

Quando chegou, às 13h, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) correu para o palanque. Literalmente. É que Geraldo Alckmin (PSDB) subira primeiro, e iniciava seu discurso.

Atrasadão

A pior performance foi do governador de Alagoas, Teo Vilela (PSDB). Chegou depois da chuva. E da festa.

Ausência notória

O PT foi o maior ausente. Nenhum senador. Só os deputados Cândido Vaccarezza e José Eduardo Cardozo. FH mandou carta. Lula não.

Só na gelada

Danilo Fortes, o presidente da Funasa, desfilava faceiro pela festa, sempre bebendo cerveja.

O sem-quepe

O general Francisco Albuquerque era a humildade em pessoa. Não lembra dele? É aquele que deu carteirada num vôo Campinas-Brasília e desalojou um casal para viajar.

Ontem e hoje

Aliás, nada como um dia após o outro. O comunista Aldo hoje é adorado pelos militares, por seu discurso nacionalista.

Agora vai

Eduardo Campos vestiu a camisa da Mancha Verde e topou com José Serra, que o cumprimentou: "Agora vai!". E Campos foi. Embora.

Raquetada eleitoral

Candidato a vereador, Hugo Oyama foi o mais tietado. (JB)

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