O Brasil bateu novo recorde na criação de emprego formal para o mês de fevereiro. Os 204.963 novos postos de trabalho com carteira assinada criados no período superaram em 16% o recorde anterior de fevereiro de 2006. O emprego formal cresceu 38% em relação igual mês em 2007 e 0,70% na comparação com janeiro deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O valor bimestral representa, em números absolutos, um aumento de 94,3 mil em relação ao número de novos empregos gerados em janeiro e fevereiro de 2007.
O emprego cresceu 38% em fevereiro, se comparado ao mesmo mês do ano passado. No período, o melhor fevereiro da série histórica, foram criadas 204.963 novas vagas. Em relação ao saldo de janeiro deste ano, o volume representa um aumento de 0,7%. Em fevereiro do ano passado, foram criados 148.019 mil novos empregos.
Os principais setores que impulsionaram o aumento do emprego formal em fevereiro foram serviços, indústria de transformação, agropecuária e construção civil. No caso dos serviços, houve geração de 54.441 postos, sendo que 31.489 na área do ensino.
A indústria gerou 46.812 novas vagas, puxada principalmente pelo seguimento de produtos alimentícios e bebidas, que abriu 13.271 novos postos. Na construção civil, houve um recorde na geração de empregos. Foram abertos 27.547 mil empregos formais. No mesmo período de 2007, haviam sido criadas pouco mais de 14,9 mil novas vagas.
Agropecuária também teve um saldo e abriu 25.239 postos - cerca de 3,2 mil a mais que em 2007.
Todas as regiões do País apresentaram aumento no saldo de vagas com carteira assinada a exceção do Nordeste, onde foram fechados 14.719 postos. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, os dados são influenciados pelos fatores sazonais do agronegócio. "Isso está relacionado principalmente à safra da cana na região, cujas lavouras só voltam a ser replantandas em abril".
Apesar dos números positivos, setores como comércio, por exemplo, o saldo de empregos formais também ficou negativo. Foram fechadas 338 vagas nas lojas do País no bimestre.
De acordo com Lupi, o crescimento no número de postos com carteira assinada na indústria demonstra também um risco menor de inflação no País. "Por isso (do aumento no número de emprego formais na indústria) eu não tenho tanto medo de inflação como alguns, porque o setor produtivo está respondendo para atender à demanda", argumentou o ministro.
Entre 2003 e 2008, a economia brasileira já gerou mais de 6,6 milhões de novos empregos. Mantido o ritmo do crescimento do primeiro bimestre, devem ser abertas mais de 2,1 milhões de vagas com carteira assinada no País até o final do ano.
O ministro aposta que em março haverá um aumento de empregos formais ainda maior do que as 146 mil novas vagas abertas no mesmo mês do ano passado.
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