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sábado, 29 de março de 2008

Bird: uso de recurso do Bolsa Família é adequado


O Jornal Nacional de ontem, abriu com uma pesquisa do (IBGE) segundo eles, para conhecer o perfil dos domicílios do país que recebem programas sociais, como o Bolsa Família. No entanto o JN omitiu a entrevista do vice-presidente do Banco Mundial (Bird) para área de Desenvolvimento Humano, Joy Phumaphi.

Joy Phumaphi, informou ontem que a taxa de adequação no uso dos recursos do Bolsa Família é uma das maiores entre os projetos sociais desenvolvidos em todo o mundo. Isso significa que grande parte dos recursos são realmente usados para a finalidade a que se destina

Joy encerrou hoje uma visita de cinco dias ao Brasil para conhecer os principais programas do País nas áreas de saúde, educação e proteção social. Em entrevista coletiva em Brasília, Joy Phumaphi elogiou o programa de transferência de renda dizendo que ele dá lições para o mundo, não só de como tirar pessoas da pobreza de maneira imediata, mas de como integrar ações na área da saúde e educação.

Provocada a emitir uma opinião mais objetiva sobre o uso dos recursos do Bolsa Família, Phumaphi contou o caso de um grupo de órfãos que comprou um televisor com o dinheiro que recebia de um programa social do governo de Botswana.

"Surgiu a questão se o governo deveria reaver o recurso. Quando fomos ver as crianças, descobrimos que elas cobravam entradas da vizinhança para assistir TV e os mais velhos usavam o dinheiro arrecadado para fazer cursos por correspondência. Tinha virado um programa de geração de renda e eu gostei dessa inovação. Foi um uso muito produtivo dos recursos", considerou.

Ela destacou, no entanto, que nem sempre a alteração no uso dos recursos é produtiva, podendo haver casos de abusos. "Nunca podemos evitar totalmente esse tipo de problema, mas podemos dizer com toda a confiança, como parceiros de projetos sociais em vários países, que o Bolsa Família tem uma das maiores taxas de uso adequado do recurso para as finalidades pretendidas em comparação a todo o mundo", observou.

O investimento no programa brasileiro é o mais alto do Banco Mundial na área social no País. Para o Brasil, foram destinados cerca de US$ 990 milhões especificamente para a área social. O Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola), do Ministério da Educação, recebeu U$ 280 milhões e o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde (Vigisus II), US$ 110 milhões.

Sobre as impressões das visitas aos Estados de São Paulo, Ceará e ao Distrito Federal para conhecer programas sociais locais, Phumaphi disse que o Brasil tem bons exemplos na área para mostrar ao mundo.

"O enfoque principal do Brasil é na inclusão, que todos têm que participar para garantir o êxito nesses trabalhos. Há um enfoque no aprofundamento da qualidade e das soluções inovadoras", afirmou.

Para ela, a ênfase na qualidade da gestão e nos mecanismos de controle social dos programas são princípios que vão seguir fazendo do Brasil um líder nessa área. (Com informações da Agência Brasil)

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