Ainda sobre o texto de Eliane Cantanhêde, há uma leitura que ainda ficou faltando abordar.
Não por ser a jornalista uma influência importante, mas por revelar o retrato da mudança de uma era.
Cantanhêde disse:
"Os petistas e tucanos de internet, essas novas categorias do cenário político, irresponsáveis e agressivas, ficariam surpresíssimos se ouvissem a troca de elogios que Serra e ilustres lulistas trocam fora dos holofotes."
Trata-se de 2 recados que ela quis passar:
Um vindo do próprio jornal Folha de SP, para estancar o ataque sobre sua perda de credibilidade: Cantanhêde queria desqualificar os ataques para o leitor desinformado, e, ao mesmo tempo, conseguir um cessar-fogo nosso (o leitor informado).
No outro recado, ela quis funcionar como pombo correio de José Serra, para pedir uma trégua, num contexto de acerto político de cúpulas partidárias.
Ela quis passar um recado de que Serra estaria se acertando com Lula e lideranças partidárias na cúpula, e deveríamos "acreditar" e "obedecer" hierarquicamente essa orientação político-partidária.
O problema do pombo correio adestrado para levar mensagens somente entre palácios, é não conhecer outros caminhos, quando precisa levar uma mensagem para novos horizontes.
É o caso de Cantanhêde.
Ela acredita que blogs são só "aparelhos" de assessorias partidárias, parlamentares ou de jornalistas jabaculeiros.
Ela não deixa de ter razão no que diz respeito ao círculo íntimo dela: os blogs do PIG demo-tucano.
Mas ela erra feio o destino da mensagem, quando não entende que a blogosfera política é composta sobretudo por cidadãos ativistas. Autores, leitores e comentaristas.
A natureza dos blogs independentes é a mesma dos que mimeografavam panfletos na época da ditadura (esclarecimento para os mais novos: mimeógrafro, numa comparação grosseira, era uma espécie de fotocópia rudimentar, mais barata na época).
É movido pela mesma natureza de quem escrevia cartas do leitor nos próprios jornais e revistas do PIG, de quem protesta, reclama e esperneia. Da Teresinha que telefona para a Rádio Pampa. De quem proseia política na praça do interior, nas bancas de jornais, nos botecos, na porta das farmácias de Minas. De quem participa de conselhos comunitários, orçamentos participativos, organizações e movimentos da sociedade civil.
Essa gente, em sua grande maioria, não está hierarquicamente subordinada à lideranças partidárias.
Por isso não há acordo possível com lideranças partidárias que segure esse ativismo. Ele tem vida própria.
Cantanhêde só está sentindo o incômodo agora porque o movimento cresceu e marca sob pressão os desmandos do PIG.
Mas esse ativismo começou lá no passado. Este e outros blogs foram criados quando Lula estava "na baixa", no auge do "mensalão". Todos davam-no como um candidato condenado à derrota em 2006, se conseguisse sair candidato.
De lá para cá esse ativismo cresceu cada vez mais. Houve memoráveis movimentos de boicote contra o CANSEI e outros que ajudaram a impedir que diversas farsas em curso fossem adiante. Houve enérgica reação contra o falso "grooving" do caos aéreo, e outros testes de hipóteses.
Os blogs tornaram-se o lugar onde todos os brasileiros tem a voz que o PIG não ecoa, onde o brasileiro é protagonista.
Tudo isso aconteceu à revelia das lideranças partidárias. Arrisco a dizer que o povo arregaçou as mangas nos blogs com maior entusiasmo, justamente por não ver uma defesa adequada das lideranças partidárias ao governo Lula, o governo que é do interesse deste povo que se mobilizou.
A cada crise fabricada pelo PIG, a população se mobilizou um pouco mais neste veículo chamado internet.
Um novo costume toma conta do cotidiano do brasileiro: cuidar de seus interesses de cidadão todos os dias entre uma eleição e outra.
O PIG ao querer fabricar crises para desestabilizar o governo, criou um "monstro" para a oposição e uma benção para a cidadania: acabou por mobilizar a militância. Não a partidária, mas a cidadã.
E o que estamos vendo é só o começo. Começo de uma era em que pombos correios transgênicos (com DNA de tucano) como Eliane Cantanhêde, perdem-se no caminho.
Clique para votar no blog . Você pode votar em mais de 1 blog. Mesmo quem já tenha votado em outro pode retornar lá e votar.
Não por ser a jornalista uma influência importante, mas por revelar o retrato da mudança de uma era.
Cantanhêde disse:
"Os petistas e tucanos de internet, essas novas categorias do cenário político, irresponsáveis e agressivas, ficariam surpresíssimos se ouvissem a troca de elogios que Serra e ilustres lulistas trocam fora dos holofotes."
Trata-se de 2 recados que ela quis passar:
Um vindo do próprio jornal Folha de SP, para estancar o ataque sobre sua perda de credibilidade: Cantanhêde queria desqualificar os ataques para o leitor desinformado, e, ao mesmo tempo, conseguir um cessar-fogo nosso (o leitor informado).
No outro recado, ela quis funcionar como pombo correio de José Serra, para pedir uma trégua, num contexto de acerto político de cúpulas partidárias.
Ela quis passar um recado de que Serra estaria se acertando com Lula e lideranças partidárias na cúpula, e deveríamos "acreditar" e "obedecer" hierarquicamente essa orientação político-partidária.
O problema do pombo correio adestrado para levar mensagens somente entre palácios, é não conhecer outros caminhos, quando precisa levar uma mensagem para novos horizontes.
É o caso de Cantanhêde.
Ela acredita que blogs são só "aparelhos" de assessorias partidárias, parlamentares ou de jornalistas jabaculeiros.
Ela não deixa de ter razão no que diz respeito ao círculo íntimo dela: os blogs do PIG demo-tucano.
Mas ela erra feio o destino da mensagem, quando não entende que a blogosfera política é composta sobretudo por cidadãos ativistas. Autores, leitores e comentaristas.
A natureza dos blogs independentes é a mesma dos que mimeografavam panfletos na época da ditadura (esclarecimento para os mais novos: mimeógrafro, numa comparação grosseira, era uma espécie de fotocópia rudimentar, mais barata na época).
É movido pela mesma natureza de quem escrevia cartas do leitor nos próprios jornais e revistas do PIG, de quem protesta, reclama e esperneia. Da Teresinha que telefona para a Rádio Pampa. De quem proseia política na praça do interior, nas bancas de jornais, nos botecos, na porta das farmácias de Minas. De quem participa de conselhos comunitários, orçamentos participativos, organizações e movimentos da sociedade civil.
Essa gente, em sua grande maioria, não está hierarquicamente subordinada à lideranças partidárias.
Por isso não há acordo possível com lideranças partidárias que segure esse ativismo. Ele tem vida própria.
Cantanhêde só está sentindo o incômodo agora porque o movimento cresceu e marca sob pressão os desmandos do PIG.
Mas esse ativismo começou lá no passado. Este e outros blogs foram criados quando Lula estava "na baixa", no auge do "mensalão". Todos davam-no como um candidato condenado à derrota em 2006, se conseguisse sair candidato.
De lá para cá esse ativismo cresceu cada vez mais. Houve memoráveis movimentos de boicote contra o CANSEI e outros que ajudaram a impedir que diversas farsas em curso fossem adiante. Houve enérgica reação contra o falso "grooving" do caos aéreo, e outros testes de hipóteses.
Os blogs tornaram-se o lugar onde todos os brasileiros tem a voz que o PIG não ecoa, onde o brasileiro é protagonista.
Tudo isso aconteceu à revelia das lideranças partidárias. Arrisco a dizer que o povo arregaçou as mangas nos blogs com maior entusiasmo, justamente por não ver uma defesa adequada das lideranças partidárias ao governo Lula, o governo que é do interesse deste povo que se mobilizou.
A cada crise fabricada pelo PIG, a população se mobilizou um pouco mais neste veículo chamado internet.
Um novo costume toma conta do cotidiano do brasileiro: cuidar de seus interesses de cidadão todos os dias entre uma eleição e outra.
O PIG ao querer fabricar crises para desestabilizar o governo, criou um "monstro" para a oposição e uma benção para a cidadania: acabou por mobilizar a militância. Não a partidária, mas a cidadã.
E o que estamos vendo é só o começo. Começo de uma era em que pombos correios transgênicos (com DNA de tucano) como Eliane Cantanhêde, perdem-se no caminho.
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