Dois emissários do Ministério da Justiça participam amanhã, em Mônaco, de audiência com juízes do Principado. Vão defender a extradição do banqueiro Salvatore Cacciola. É a última tentativa para trazer o banqueiro foragido.
Cacciola é um arquivo que vez ou outra ameaça se abrir. Ex-dono do banco Marka, ele protagonizou um dos momentos mais críticos do governo de FHC, em janeiro de 1999, quando houve a queda do real. Na época, sob a alegação de evitar uma quebradeira geral, o então presidente do Banco Central, Francisco Lopes, vendeu dólar mais barato aos bancos Marka e FonteCindam, causando um prejuízo de cerca de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos. Cacciola já foi preso no Brasil, por crime contra o sistema financeiro. Em 2000, o ministro do STF Marco Aurélio de Mello concedeu-lhe habeas-corpus, e no dia seguinte, Cacciola fugiu para a Itália. Foragido da Justiça brasileira, o ex-banqueiro está condenado a 13 anos de prisão por desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta de instituição financeira. Em setembro, ele foi preso pela Interpol no Principado de Mônaco. Poderá ser extraditado para o Brasil e aqui irá cumprir sua pena na cadeia.(Será?).Segundo contam, Desde sua prisão, alguns políticos brasileiros têm recebido recados ameaçadores.
As chantagens de Cacciola atingem principalmente políticos do PSDB. A esses, o ex-banqueiro avisa que teria em seu poder documentos que comprovariam a existência de um esquema de venda de informações privilegiadas sobre juros e câmbio, pelo então presidente do BC, Francisco Lopes, e estaria disposto a envolver pessoas que ainda não foram citadas no escândalo. A chantagem seria semelhante à que Cacciola fez na época da desvalorização do real, para obter em 1999 o socorro ao Marka. Ele ameaça contar detalhes à Polícia Federal, caso seja extraditado, em busca da delação premiada.
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