O grupo Blackstone, um dos pesos pesados globais na compra de participações em empresas, está levantando um novo fundo para investimentos no Brasil, que será de US$ 675 milhões, dos quais US$ 500 milhões virão do Blackstone. "Estamos levantando o dinheiro, é para este ano, o Brasil é muito popular"", disse, Stephen Schwarzman, CEO do fundo americano, indicando que a turbulência global atual não altera fundamentalmente os planos com o grupo brasileiro Pátria, com o qual o fundo americano tem acordo.
"O Brasil está muito bem e o mundo percebeu isso"", acrescentou o executivo, justificando o levantamento de recursos. O Blackstone é um dos maiores fundos de private equity do fundo, com US$ 98 bilhões em ativos sob gestão. Além disso, opera no ramo imobiliário, débito corporativo, hedge funds e fundo de hedge funds. O grupo, fundado em 1985, já levantou mais de US$ 100 bilhões para ativos alternativos, segundo a ficha do executivo no Fórum Mundial de Economia.
No Brasil, o Blackstone fechou dois acordos com o Pátria Investimentos. O primeiro foi em 2004, uma "aliança estratégica" para assessoria financeira, seja para negócios do fundo aqui, seja para operações do Pátria no exterior. O Pátria foi uma das instituições mais ativas em fusões e aquisições no ano passado. Ficou em décimo lugar no ranking da Thomson Financial, dominado por bancos estrangeiros e grandes bancos brasileiros.
No início de 2007, a parceria com o Blackstone foi ampliada e passou a contemplar também a área de private equity. Pelo acordo, todos os negócios acima de US$ 200 milhões têm que primeiro ser oferecidos ao Blackstone. Além disso, a parceria já previa a criação do fundo, de US$ 675 milhões.
Este será o terceiro fundo do Pátria no país, que já lançou duas carteiras. Uma de US$ 235 milhões, de 1997, e outra de US$ 370 milhões de 2003. Entre as empresas investidas estão a Casa do Pão de Queijo, o laboratório Diagnósticos da América (Dasa) e a Fotóptica.
Segundo Alexandre Saigh, sócio do Pátria e responsável pela área de private equity, o novo fundo já está praticamente fechado. Dos US$ 675 milhões, o Blackstone vai colocar US$ 500 milhões. Investidores institucionais brasileiros (como fundos de pensão) e investidores qualificados (como grandes famílias) vão colocar outros US$ 125 milhões e os sócios do banco ficam com o aporte final, de US$ 50 milhões.
O fundo vai investir em cinco setores básicos da economia: saúde, educação, infra-estrutura, construção civil e consumo alimentício. O objetivo da carteira é ter participações em empresas de menor porte, com grande potencial de crescimento.
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