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quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

A nova onda do PMDB carioca

Derrotado na tentativa de trocar a direção do fundo de pensão de Furnas, o Real Grandeza, o grupo do PMDB do Rio de Janeiro liderado pelo deputado Eduardo Cunha voltou suas baterias para a Ceres, o fundo de pensão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, resiste à investida dos colegas de partido. E já avisou ao governo que não dá para trocar uma equipe técnica por indicações políticas. Se cair um outro projeto de peso nas mãos de Cunha, como foi o caso da relatoria da CPMF na Comissão de Constituição e Justiça, a turma não hesitará em usar como nova moeda em busca de um lugar ao sol para o PMDB do Rio.

Em tempo: no início deste mês, os jornais publicaram que uma auditoria da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) apontou que a Ceres perdeu US$ 48 milhões com negócios atípicos liderados por corretoras de São Paulo entre janeiro de 1993 e abril de 1997, período do governo Fernando Henrique Cardoso.


Auditoria da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) concluiu que o fundo de pensão da Embrapa -Ceres- perdeu US$ 48,8 milhões com negócios atípicos liderados por corretoras de São Paulo, entre janeiro de 1993 e abril de 1997.A RMC foi uma das quatro mais atuantes entre as corretoras que se beneficiaram de investimentos da Ceres.

Na ocasião, a RMC tinha como sócio o economista Ricardo Sérgio de Oliveira, que foi arrecadador de fundos na campanha do pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, quando ele se candidatou ao Senado, em 1994.Na investigação da CVM, uma comissão de inquérito apurou que a RMC e outras cinco corretoras lucraram R$ 17,3 milhões em operações envolvendo recursos da Ceres, enquanto o fundo de pensão levou apenas R$ 5,2 milhões.

O inquérito da CVM descobriu que a participação da RMC se deu entre 1996 e 1997. Nesse período, o economista Ricardo Sérgio de Oliveira, então sócio da corretora, ocupava o cargo de diretor da área internacional do Banco do Brasil, com o apoio do tucano José Serra.

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