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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Greve de fome não vai parar obras" diz o Presidente Lula


Ao receber ontem no Palácio do Planalto o comando da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o Presidente Lula disse aos bispos que não irá interromper as obras de transposição das águas do rio São Francisco e que a greve de fome de d. Luiz Cappio é um problema exclusivo da Igreja Católica.

Lula afirmou que um eventual recuo do governo neste momento serviria de exemplo para que outras pessoas tomassem atitudes extremas à espera de atendimento. A CNBB admitiu em entrevista estar de mãos atadas e disse que torce para que amigos e familiares do bispo de Barra (BA) o convençam a interromper o protesto.

Na audiência, o recado de Lula à CNBB foi dado ao citar o jejum de seis dias que fez em 1980, quando ficou 31 dias preso pelo regime militar. No episódio, disse Lula segundo relatos de presentes ao encontro, d. Cláudio Hummes e outros bispos tiveram que convencê-lo a parar a greve de fome. No encontro de ontem, ainda segundo participantes, Lula disse que greve de fome é "coisa de desespero", mas deixou claro que não deve interromper as obras.

Uma liminar da Justiça Federal embargou anteontem a obra. O governo deve recorrer até amanhã ao STF.Ontem, participaram do encontro o presidente da CNBB, d. Geraldo Lyrio, e o secretário-geral, d. Dimas Lara Barbosa. Do governo, além de Lula, estavam os ministros Geddel Vieira Lima e Luiz Dulci. A audiência foi pedida pela CNBB para que os bispos pudessem expor a preocupação com o prolongamento do jejum de d. Luiz Cappio, que hoje completa 16 dias.

"A reunião mostrou mais uma vez que o governo não está fechado ao diálogo e à contribuição de quem queira aperfeiçoar esse ou qualquer outro projeto", disse Geddel.Os bispos entregaram a Lula uma carta na qual se colocam "à disposição para a retomada do diálogo" entre governo e d. Luiz e sugerem a criação de um grupo para analisar propostas. Questionado sobre eventual intervenção da igreja no jejum, d. Dimas afirmou: "A CNBB não está autorizada. Os próprios amigos dele e os familiares é que devem tomar essa decisão".(Folha)

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