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terça-feira, 11 de dezembro de 2007

DEM e PSDB ameaçam os senadores


Sem a certeza de contar com os votos da líder do Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), internada para se recuperar de uma fratura no pulso esquerdo, e do senador Flávio Arns (PT-PR), fora de combate por conta de uma intoxicação alimentar, o Palácio do Planalto adiou mais uma vez a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga a CPMF até 2011 admite empurrar a peleja no Senado.

A disputa deve ficar para amanhã. Ou, no mais tardar, para quinta-feira, de acordo com o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), de forma que a votação não coincida com a eleição que escolherá o novo presidente da Casa. Terá, entretanto, de enfrentar a resistência do DEM e do PSDB. Os dois partidos endureceram o discurso e prometem forçar hoje a votação da matéria no plenário da Casa. "Não faltam votos, mas presenças, o que não queremos é perder de WO", disse Jucá ontem, depois de sair de reunião com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. "A idéia é começar discussão amanhã à noite e votar na quarta. Mas pode também estender a votação para quinta-feira", acrescenta.

Depois de um fim de semana de negociações intensas, o Planalto avalia que conseguiu virar votos importantes da oposição. Acredita, por exemplo, ter em suas fileiras o senador Jonas Pinheiro (DEM-MT), convencido pelo governador do Estado, Blairo Maggi (PR) a votar com o governo e endossado pelo diretório estadual de seu partido.
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), passou a tarde no plenário do Senado tentando reverter o "estrago" do fim de semana. Ameaçou punir tanto o senador quanto o diretório estadual do DEM pela "infidelidade". "De acordo com o estatuto do partido, essa punição pode ir da simples advertência até a expulsão de nossos quadros", sentenciou Maia, dando a entender que a oposição acusou o golpe, diante da ofensiva do governo.

Os cálculos feitos a portas fechadas no Palácio do Planalto dão conta da existência dos 49 votos necessários para a aprovação da CPMF no Senado, embora os articuladores políticos do governo só arrisquem cravar como certo o apoio de 46 desses parlamentares. Nesse momento, avalia o presidente de um partido da base governista, a estratégia do governo seria gerenciar a maioria no Senado de forma a manter o saldo de votos positivos ao menor custo político. Sem poder contar com as presenças de dois senadores, esse custo, calculado com base no peso das ofertas do Planalto e na liberação de benesses a parlamentares, cresce automaticamente, acredita o aliado. "O fato é que qualquer ausência custará muito ao governo", afirma o ministro José Múcio

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