Os deputados estaduais gaúchos rejeitaram ontem um pacote fiscal proposto pela governadora Yeda Crusius (PSDB). Por um placar de 34 votos a zero, os 55 parlamentares disseram não ao projeto que previa, entre outros, o aumento da alíquota do ICMS para combustíveis, energia elétrica, cigarros, telefonia e refrigerantes e isenção do imposto para empresas com faturamento anual de até 240 mil reais. Sem o aumento de impostos, o Executivo alega que não terá dinheiro para pagar o 13º salário dos servidores.
Se fosse aprovado, o aumento no ICMS geraria um incremento na receita no valor estimado de R$ 600 milhões. O vice-governador, Paulo Afonso Feijó (Democratas), esteve presente na seesão plenária. Ele, que era contrário ao pacote, comemorou o resultado.
Tucanagem
O modelo inspirador para o projeto de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul é a reforma fiscal adotada por seu correligionário Aécio Neves, governador de Minas Gerais. De acordo com sindicalistas e movimentos sociais mineiros, o choque de gestão de Aécio não trouxe tantos benefícios. Quando o governador assumiu, em 2003, a dívida mineira era de R$ 34 bilhões. Agora, em 2007, o valor está em torno de R$ 45 bilhões.
Após derrota, Yeda quer recompor base
Ainda sob o impacto da derrota imposta na quarta-feira pela Assembléia, que rejeitou o seu plano de ajuste fiscal, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), reconheceu ontem a necessidade de reconstruir a base aliada, após se considerar "traída". "Muita gente que votou não teve idéia da conseqüência de seu voto", afirmou.
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