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sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Renda média dos brasileiros sobe 5% e muda hábitos de consumo


As famílias da classe AB tiveram o maior crescimento de renda e de gastos da população brasileira. Esse estrato, que ganha mais de dez salários mínimos, deve ter, ao final deste ano, renda média 7% superior a de 2006 e ampliação de 5% nos gastos médios.A expansão foi constatada em estudo da LatinPanel com 8.200 lares no país. O principal motivo para o aumento no rendimento foram os ganhos com aplicações financeiras.

As famílias aumentaram em 216% os investimentos, de uma média de R$ 1.520 para R$ 4.812. O acumulado do ano até outubro mostra que essa foi uma boa escolha, principalmente para quem apostou em ações. O Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, teve alta de 46,87%.Os ganhos com comissões e bonificações, como a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas, também ajudaram nesse crescimento, com uma ampliação de 27% no período analisado.

A renda da classe média e das classes menos favorecidas também cresceu. E o que chamou a atenção dos pesquisadores foi que, em 2007, esses brasileiros investiram mais na melhoria das condições de vida, em setores como habitação (+15%) e saúde (+14%). A renda da classe C subiu 4%, e das classes D e E, 2%.

O destaque foi o Centro-Oeste, impulsionado pelo agronegócio.

O aumento da renda média foi menor do que no topo da pirâmide na classe C (4%), com renda de quatro a dez salários mínimos, e na DE (2%), inferior a quatro mínimos, o que pode resultar em até queda do poder de compra de parte da população se considerada a inflação medida pelo IPCA no acumulado do ano (3,3%).

A gerente da LatinPanel lembra que foi justamente essa parte da população que teve o maior aumento nos gastos nos últimos três anos. "Logo, a base de comparação é muito forte." Em um estudo anterior, foi constatado que a cesta padrão do brasileiro da classe DE subiu 29% de 2002 a 2006, bem acima da C (18%) e da AB (20%). Considerando toda a população, neste ano aumentaram os gastos com habitação (9%), saúde (8%), vestuário (11%), alimentação fora do lar (8%) e lazer (7%), o que mostra melhoria nas condições de vida.

Na contramão, com redução nas despesas, está a alimentação dentro do lar (11%) porque o consumidor está comendo mais fora de casa. O gasto foi 17% menor com frutas, verduras e legumes, e 15% menor com aves, carnes, ovos e peixes.

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