Pages

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

PSDB diz que vai "virar a página do atraso"

Nem privatista nem estatista. O PSDB lançou ontem, em seu 3º Congresso Nacional, o manifesto de atualização do programa partidário, de 1988, definindo-se como "um partido autenticamente nacionalista e moderno". Para dar uma "arrancada de desenvolvimento", o país precisa de "mais governo e mais mercado", segundo o documento. Os tucanos retomam, por meio do manifesto, o apoio ao programa de privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, postura não assumida de forma afirmativa durante a campanha do ex-governador Geraldo Alckmin (SP) à Presidência da República, em 2006. "Sem o aporte de capitais e métodos de gestão privados, seria impossível expandir as indústrias petroquímica, aeronáutica, siderúrgica, a mineração e os serviços de telefonia e energia elétrica", diz o documento.

Na abertura do encontro, o senador Tasso Jereissati (CE), que hoje deixa a presidência do partido e será substituído pelo senador Sérgio Guerra (PE), afirmou que o PSDB venceu os desafios da inflação e da dívida externa. "Eram grandes cânceres da economia do país. Além disso, diminuímos o peso do Estado brasileiro", disse. "Já pensaram o que seria da telefonia, da Companhia Vale do Rio Doce, das empresas de distribuição de energia nas mãos do PT e do PMDB dividido?", perguntou. Tasso acusou o governo de transformar a Petrobras em uma "colcha de retalhos repartida entre os partidos aliados do Planalto".

No documento tucano o governo do Presidente Lula é acusado pelos tucanos de andar na "contramão do interesse nacional", ao realizar poucas parcerias com a iniciativa privada e, por outro lado, ultrapassar "todos os limites de prudência e decência no loteamento político que demanda seus produtos e serviços".

O PSDB adota, como missão, "virar a página de atraso". Rejeita a reedição de "mensalões tucano mineiro" alimentados com dinheiro de estatais e os "apagões" gerenciais resultantes da ocupação de cargos por apadrinhados políticos. "Faremos o que precisa ser feito para reforçar a ação do Estado e da empresa privada na recuperação de rodovias, modernização de portos e aeroportos, geração e distribuição de energia, saneamento e outros investimentos vitais",tudo por meio de privatizações diz o documento.

De acordo com o manifesto, os atuais governantes "hoje colhem os frutos e posam dos donos" das medidas adotadas pelo governo FHC que tornaram mais eficiente a economia brasileira.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração