Elevação do índice servirá de argumento ao Copom para manutenção da taxa básica de juros em 11,25%, na última reunião do ano
Nem mesmo a queda no preço do litro de leite pasteurizado (12,84%), provocada pela descoberta de que o produto estava sendo adulterado com adição de soda cáustica e água oxigenada, foi suficiente para impedir a pressão dos alimentos na inflação de outubro. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou variação de 0,30% no mês passado ante 0,18% em setembro.
A alta pegou de surpresa economistas de mercado — que não esperavam algo superior a 0,20% — e será utilizada como argumento pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para que a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 11,25% ao ano, não volte a cair tão cedo. A expectativa é de que em dezembro o Copom mantenha novamente a taxa e só volte a reduzi-la a partir do segundo trimestre de 2008. A meta de inflação de 4,5% para o ano ainda está assegurada, mas o IPCA acumulado em 3,3% é bem maior do que foi apurado no mesmo período do ano passado (2,33%).
Segundo o IBGE, a alta de preço do grupo de alimentação e bebidas saltou de 0,44% para 0,52%. Entre os índices regionais de outubro, a maior alta da inflação foi verificada em Goiânia (0,95%). Em Brasília, foi de 0,39% — ligeiramente acima da média nacional.
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