"A convenção do PSDB mostrou nesta sexta-feira a divisão do partido em relação à proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. Na mais enfática defesa da manutenção do "imposto do cheque", o governador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) fez duras críticas à postura dos senadores tucanos contrários à matéria.
Por outro lado, lideranças do PSDB - como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - afirmaram que o governo não ofereceu concessões suficientes para que os tucanos aprovem a prorrogação. "Você tem cinco governadores defendendo a manutenção da CPMF e a bancada do PSDB [no Senado] faz ouvido de mercador para isso. Estamos diante de um impasse grave para nos organizar", disse Cunha Lima. O governador afirmou que seria uma "incoerência" o PSDB criticar a prorrogação da CPMF já que foi o próprio partido criou o "imposto do cheque" na gestão FHC.
"A minha posição é algo que não pode faltar ao PSDB: coerência. Se o Alckmin tivesse sido eleito, essa discussão da CPMF não estaria existindo [no partido]. Nós criamos o imposto, não fica bem adotar uma posição contraditória", enfatizou o governador
TASSO SE DESPEDE DO COMANDO TUCANO APREGONDO RESGATE DA DEMOCRACIA E DA ÉTICA
Durante a convenção nacional do PSDB, que ocorre nesta sexta-feira, em Brasília, o senador Tasso Jereissati fez um discurso de despedidas da função de presidente nacional da legenda. Num tom bem inflamado, Tasso, para um centro de convenções da CNT lotado, fez duros ataques ao governo federal, relatando escândalos como os registrados na Caixa Econômica, Banco do Brasil, Petrobras, Mensalão e Sanguessuga. "Essa corrupção estimula a violência no País, porque predomina a imunidade e o cidadão se vê desestimulado a seguir a lei. Ao tratar do futuro do PSDB, o tucano disse que a convenção e o congresso partidários marcam um novo momento da legenda que, em 2010, será vitoriosa
"Nós não queremos o poder pelo simples poder, mas resgatarmos a democracia, a ética e a moral do povo brasileiro", afirmou Jereissati. Em seguida, houve a posse do senador Sérgio Guerra (PE), que fez relato histórico do trabalho de Tasso à frente do PSDB, afirmando: "O trabalho do Tasso desde 1986 e em três governos do Ceará e em dois mandatos de presidente nacional tucano, é referência para todos nós do PSDB e para o País".
É muita cara de pau falar em ética na semana em que o Sen.Eduardo Azeredo, ex-Presidente do PSDB, é denunciado pela PGR por desvio de recursos federais e em que o Sr.Byron Queiroz, ex-Presidente do BNB e seu afilhado político, foi condenado a 13 anos de prisão por gestão fraudulenta e formação de quadrilha no período em que dirigiu aquele banco.
Esqueceu do rombo de 7,5 bilhões de dólares que deu no BNB e 1 bilhão de reais no Banco do Estado do Ceará. Não falou onde foi parar o dinheiro da privatização da Companhia Energética do Ceará.
Por: Robério Soares, para o Blog Os Amigos do Presidente Lula
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