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domingo, 25 de novembro de 2007

Azeredo, desviou mais de R$ 100 milhões de recursos públicos

A campanha de Azeredo, segundo a denúncia, movimentou mais de R$ 100 milhões e a investigação comprovou que pelo menos R$ 3,5 milhões foram desviados de empresas estatais. O que o procurador concluiu, após analisar os documentos, desmente- o peremptoriamente. Segundo a denúncia, coube a Azeredo, Clésio Andrade (ex-vice-governador de Minas), e Cláudio Mourão (tesoureiro da campanha) implantar o esquema que desviou recursos públicos e lavou dinheiro para utilizá-lo na campanha eleitoral, escreve o procurador, Antonio Fernando. “Foram praticados diversos crimes”, diz o procurador. “Todos os denunciados tinham ciência e concorreram, cada um de uma forma particular, para o criminoso financiamento da campanha eleitoral.”

Em sua denúncia, Antonio Fernando detalha que chegou a ser montada uma “operação abafa” para evitar que o esquema articulado em 1998 viesse a público em 2002, quando Azeredo estava às vésperas de ser eleito senador. Na ocasião, o ex-tesoureiro Cláudio Mourão dizia ser credor de R$ 1,5 milhão da campanha de 1998 e ameaçava denunciar todo o esquema caso não fosse quitada a dívida. Como estava rompido com Mourão e dizia não ter dinheiro, Azeredo escalou Mares Guia para resolver o problema. Mares Guia, então, recorreu a Marcos Valério, que emprestou R$ 700 mil a Azeredo. Com esse dinheiro, Mourão manteve-se em silêncio.

O impacto da denúncia do procurador vai reverberar a partir de agora na política mineira. A acusação de Antonio Fernando de Souza atinge apenas os que captaram e distribuíram os recursos. Os beneficiários ainda estão sendo investigados e documentos foram encaminhados ao Ministério Público de Minas e à Procuradoria da República no Estado. Entre os documentos está uma lista. Trata-se da relação com os nomes de 159 políticos de 17 partidos diferentes elaborada por Cláudio Mourão. O documento registra, ao lado de cada um dos nomes, a quantia que teria sido destinada pelos dutos do Mensalão Mineiro. A PF já constatou a autenticidade da assinatura do ex-tesoureiro Mourão e chegou a recolher recibos de muitos dos beneficiados pelo tucanoduto Azeredo. O risco para quem ainda não viu seu nome envolvido, contudo, começa a partir de agora, quando os denunciados precisam apresentar na Justiça explicações que possam livrá-los de passar os próximos anos numa prisão. É no desespero que os antigos aliados viram inimigos

O ex-deputado do PT mineiro Rogério Corrêa, autor da primeira denúncia contra o senador tucano, prometeu protocolar, nos próximos dias, um pedido de cassação por quebra de decoro contra Azeredo. “O procurador da República reconheceu na denúncia que houve um cala-boca de Mourão (o tesoureiro da campanha, Cláudio Mourão) poucos dias antes da eleição de Azeredo como senador, bem depois de ele ter deixado de ser governador. É com base nisso que vou requerer a cassação”, disse o petista.

Falta agora a palavra de FHC sobre a afirmaçao do senador Eduardo Azeredo, rapidamente eclipsada pela mídia, de que recursos do valerioduto tucano irrigaram a campanha do Farol na disputa presidencial de 1998. Isso a imprensa golpista não divulga nem investiga. Lula teve que ouvir "trocentas" vezes a pergunta: "Você sabia ou nao sabia?". E ao FHC quantas vezes a mídia fará esse mesma indagação?".

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