O Supremo Tribunal Federal pode tomar uma decisão inédita em 200 anos de existência: mandar um político para a cadeia por crime comum. Em novembro, o deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) vai responder pela tentativa de assassinato, em 1993, do adversário Tarcísio Burity. Governador da Paraíba na ocasião, Cunha Lima, que estava bêbado, entrou em um restaurante de João Pessoa e atirou três vezes contra Burity, que sobreviveu. Apesar de o crime ter tido dezenas de testemunhas, Cunha Lima foi protegido pela Assembléia Legislativa do Estado, que negou à Justiça a licença para processá-lo. Depois de mais de 140 tramitações entre a corte e a Procuradoria-Geral da República, o relator da ação, ministro Joaquim Barbosa, deverá pedir, nesta semana, a condenação de Cunha Lima por tentativa de homicídio qualificado. O crime prevê pena de 12 a 30 anos de prisão. Mas Cunha Lima pode ser beneficiado pela redução de um a dois terços da pena por estar com mais de 70 anos – mesmo tendo 57 anos quando fez os disparos. Burity morreu do coração em 2003.
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