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quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Concessão das Rodovias

Estão atacando o governo Lula pela concessão da rodovias, como se fosse uma rendição à privatização.

O PIG, sem saber como justificar o altíssimo preço dos pedágios demo-tucanos, chega a insinuar uma "traição" de Lula a seus eleitores. É falso esse argumento.

Estas concessões obedecem mais a lógica das PPP's (parcerias público privadas), onde o Estado faz uma parte e os investimentos privados complementam.

O governo não vendeu nenhum patrimônio. As concessões tem exigências que se não forem atendidas podem ser retomadas da concessionária. E só poderá iniciar a cobrança de pedágio após cumprirem metas de restauração inicial.

Privatização de fato seria vender a Petrobrás, o Banco do Brasil, a CEF ou os CORREIOS, assim como venderam a Vale.

Não há desmonte do Estado nestas concessões, e nenhum funcionário da área de transportes será desempregado.

Outra diferença é a modalidade de concessão:

Os demo-tucanos, fizeram concessões onerosas:
- O pedágio tinha um valor alto fixado pelo governo;
- Venceu o leilão quem comprou a concessão pelo maior valor

O governo Lula fez as concessões na modalidade não onerosa:
- O governo não cobrou nenhum centavo ao concessionário;
- Mas estabeleceu uma lista de exigências de obras (desde a conservação até a duplicação de trechos);

- Venceu o leilão quem apresentou proposta de cobrar o MENOR PEDÁGIO do usuário (o mais beneficiado, pela menor tarifa).

O PIG deturpa, dizendo que o governo Lula "doou" as concessões, porque não cobrou ágio por elas. Nada mais falso.

Quando a concessionária paga ao governo pela concessão com uma mão, com a outra ela recolhe esse mesmo dinheiro nos elevados pedágios (já embutido no preço).

Na prática, o governo demo-tucano "vendeu" as concessões, para nós, os usuários, pagarmos em "suaves" prestações embutidas nos pedágios.

As estradas foram construídas com os impostos que já havíamos pago, e acabamos pagando a conta de novo (pagamos duas vezes), embutido no valor da venda. E os demo-tucanos se encarregaram de dar sumiço no dinheiro.

Poderíamos desejar estradas totalmente nas mãos do governo. O governo poderia manter as estradas livres de pedágio, ou recolher o pedágio para o tesouro. Mas sem a parceria privada, o governo teria que endividar-se mais e pagar juros para fazer obras de conservação e expansão, ou teria que deslocar dinheiro do orçamento para estas obras, deixando de lado outras prioridades sociais e outras obras por fazer, até mesmo em regiões onde mal tem estradas.

Além disso, no final das contas, boa parte do dinheiro iria para a iniciativa privada de qualquer jeito, pois o governo pagaria as empreiteiras para realizar as obras.

Então, vamos ser sinceros, seria sectarismo deixarmos outras prioridades sociais e carências regionais de lado, para concentrar esforços nestas estradas disputadas a tapa por 30 consórcios oferecendo pedágios cada vez mais baratos ao usuário, no leilão.

Com as concessões vamos ter um problema resolvido (boas estradas) por um excelente preço. Foi um bom negócio para todos, sobretudo para o cidadão brasileiro.

Parabéns a ministra Dilma Roussef, porque há poucos meses ela travou uma queda de braço com os especuladores e ganhou (aliás, ganhou para nós, porque foi o povo brasileiro quem saiu lucrando).

Ela cancelou esses leilões poucos meses atrás, porque os consórcios estavam fazendo lobby por um custo maior do pedágio.

Dilma alegou que a taxa de juros selic estava caindo, e por isso uma lucratividade menor já daria um bom retorno para quem investisse. O PIG em peso a criticou, em defesa dos especuladores. Quebraram a cara.

Agora, poucos meses depois, com a imposição de Dilma, os pedágios caíram mais ainda do que as expectativas, e os leilões foram disputadíssimos.

O presidente Lula tem 3 anos e 3 meses de mandato, e muitas políticas públicas ainda para acabar de fazer, e não pode perder tempo com picuinhas sectárias.

Vamos deixar o presidente trabalhar, enquanto o PIG fica com árdua tarefa de explicar os pedágios extorsivos dos demo-tucanos, principalmente no Estado de São Paulo.

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