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segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O espaçoso ministro Nelson Jobim

O novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, não é espaçoso apenas porque está exigindo das empresas aéreas um espaço maior entre as cadeiras das aeronaves, reivindicação, aliás, bastante justa dos passageiros mais gordinhos e mais altos. A questão é outra: ele chegou dando demonstração de força, o que pode provocar ciumeira no ministério. E pelo jeito, sua tarefa mais difícil vai ser administrar seu próprio ego e o dos demais companheiros de viagem.

Ao conseguir a quase certa renúncia de toda diretoria da Anac, e enquadrar as Forças Armadas no episódio da divulgação do livro-relatório "Direito à Memória e à Verdade", sobre torturas e mortes no regime militar, Jobim deixou claro que veio para comandar e não para fazer figuração. E no máximo provocou algumas queixas de oficiais militares que se sentiram atingidos desnecessariamente.

A verdade é que Nelson Jobim se tornou peça importante do segundo governo Lula. Faz parte obrigatória dos chamados "ministérios extraordinários" para contatos junto ao Supremo Tribunal Federal e aos tucanos, em virtude de suas boas relações nessas duas áreas. E se tornou com isso uma das principais figuras da equipe presidencial, assim como Tarso Genro (Justiça) e Dilma Rousseff (Casa Civil). Bom para o presidente Lula.

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