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quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O começo do fim do Partido da Mídia

A tentativa de cassação de Renan Calheiros, foi um ato de desespero da oposição querendo produzir um racha na aliança governista.

Os demo-tucanos, utilizaram-se do Partido da Mídia, para intimidar senadores da base governista a votarem contra Renan. Com isso semeariam o dissenso, dividiriam a base, e sonhavam em aproveitar a confusão criada e, repetir no Senado, o que aconteceu na Câmara quando os demo-tucanos elegeram Severino Cavalcanti presidente da casa.

Por que não deu certo?

Estava escrito que não daria certo, pois se Renan fosse afastado, outro Senador do PMDB seria eleito. Não haveria grandes surpresas.

Nenhum tribunal de cassação que tenha tribunos com o perfil de moralidade no trato da coisa pública, como a maioria dos Senadores de oposição, poderia dar certo.

Como pode o tribunal de inquisição à Renan, ser levado a sério, tendo como juízes e jurados os seguintes personagens, falando em ética:

- O tucano Eduardo Azeredo, o pai do valerioduto, e uma mãe para o Marcos Valério.
- Tassio Jereissati, presidente dos tucanos, que quando colocou na presidência do Banco Bayron Queroz, seu apadrinhado político, praticamente monopolizou a carteira de empréstimos do BNB para sua própria fábrica de Refrigerantes e para aliados como o também Senador José Agripino. Isso descumprindo normas e regras. Além desviar empréstimos que deveriam ser pulverizados entre muitos empreendedores do Nordeste, inclusive empresários menores, para gerar milhares de empregos.
- O próprio José Agripino Maia, dos demos, cujas empresas de suas família (MAISA), utilizou-se de recursos do Finor e do BNB. Parece que o conceito de privatização do José Agripino é as empresas privadas de suas famílias utilizarem-se dos recursos públicos que deveriam ir para financiar o desenvolvimento regional e empregos.
- O tucano Flexa Ribeiro, preso na operação pororoca.
- O lobista Grupo Abril, que não consegue explicar suas transações bilionárias com grupos estrangeiros, e faz chantagem jornalística através de denúncias a desafetos, e ocultação de notícias desabonadoras aos políticos dóceis à seus interesses empresariais.
- A lobista Rede Globo, que usufrui de uma concessão pública, pertencente ao povo brasileiro, e viola implicitamente o interesse público e as regras eleitorais, ao usar sua máquina de comunicação para fazer propaganda escancarada contra o governo e favorável aos partidos de oposição.

O resultado da votação no Senado foi óbvia.

Cassar Renan sem as provas cabais, seria abrir as portas para a cassação do próprio Senado como um todo. Isso sim, seria um suicídio coletivo dos Senadores. Os petistas aprovaram em seu último Congresso do partido, o apoio à extinção do Senado. Provavelmente essa tese ganharia força nas ruas.

A sessão de ontem acabou sendo um divisor de águas. Mostra o começo do fim da ética seletiva que não anda funcionando mais.

Na década de 50, nos EUA, houve no Senado de lá o Macartismo, comissão criada para combater atividades anti-americanas (o "perigo comunista"). Perseguiram milhares de cidadãos norte-americos e estrangeiros residentes, acusando-os de "socialistas", de espionagem, etc. O período foi chamado de "caça às bruxas", em analogia aos tribunais da inquisição, teve seu auge com apoio popular, foi usado pelo senador do Partido Republicano Joseph McArthy para destruir carreiras e reputações de desafetos e de inocentes. Charles Chaplin foi vítima, e até Albert Einsten sofreu perseguição.
Por fim a população percebeu o engodo, e o Senador Joseph McArthy acabou desacreditado e morreu no ostracismo.

No Brasil o poder da mídia de utilizar seus veículos como meio político para atingir o poder, passa por um momento de reviravolta semelhante à quando o questionamento ao macartismo ganhou força nos EUA.

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