O Brasil é um país pacífico e pacifista. Jamais o povo brasileiro aceitaria utilizar-se da força bélica ou de guerras para subjugar países mais fracos, como fazem países imperialistas.
Pelo contrário, o projeto brasileiro de longo prazo é integrar as defesas do continente sul-americano com a participação de todos os países, semelhante ao que faz a Europa. Eliminará de uma vez por todas qualquer possibilidade de guerras internas no sub-continente, e dissuadirá outras potências de utilizarem-se da força militar, ainda que indiretamente por ameaça, contra países do bloco.
Mas o Brasil tem um enorme território, extensas fronteiras, a Amazônia, e a costa marítima para guardar e para defender.
O próprio sucesso ou fracasso das atividades de narcotráfico na América do Sul dependem muito do controle brasileiro sobre o espaço aéreo e sobre as fronteiras. Muitas vezes nosso território é utilizado clandestinamente como rota do narcotráfico.
Por isso o Brasil não tem outra escolha. Precisa ter Forças Armadas bem equipadas, avançadas tecnologicamente, coesas e íntegras, adequadas ao grande desafio de proteger o enorme território.
Além disso o governo Lula quer aproveitar os avanços tecnológicos a serem conquistados na Defesa, para servir de plataforma de desenvolvimento industrial e regional, na infra-estrutura do país, e no apoio a políticas de inclusão social. Tem regiões distantes do país, cuja presença de um quartel significa a chegada de infra-estrutura e serviços públicos, como saúde e educação.
Por tudo isso o governo Lula formula novas estratégias de segurança e defesa.
Deu na BBC Brasil:
A nova estratégia de segurança e defesa lançada na quinta-feira pelo presidente Lula pretende converter o Brasil “numa potência militar do século 21”, segundo afirma nesta sexta-feira reportagem publicada pelo diário financeiro argentino El Cronista Comercial.
O jornal relata que “o plano de defesa faz parte de uma nova política industrial que beneficiará também o setor automotivo, a indústria naval, o setor da saúde e as ferrovias”.
“A idéia do governo Lula é impulsionar a produção de equipamentos, estabelecer centros de tecnologia, substituir importações, diminuir os gastos do governo nesses setores e transformar o país em uma ‘plataforma de exportações’, segundo já havia dito o ministro da Indústria, Miguel Jorge nos dias anteriores”, relata a reportagem.
O jornal observa que “o governo do Brasil quer aumentar o orçamento da Defesa de 2008 para US$ 4,6 bilhões, contra US$ 3 bilhões neste ano”.
“Para Lula, um dos principais desafios deste plano será aliar o desenvolvimento das Forças Armadas ao desenvolvimento econômico e tecnológico do país e ‘contar com um plano estratégico de Defesa, que considere os mais variados cenários futuros’”, diz o jornal.
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