Pages

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A "Lulafobia" da Folha de São Paulo ataca de novo o Bolsa família.

O jornal Folha de São Paulo pegou uma notícia boa e tentou transformar em notícia ruim. Isso é muito ruim porque desinforma seus leitores.

Incita-os contra um programa exemplar, o Bolsa-família, que tornou-se referência mundial, está sendo copiando por países da África, América Latina, Ásia e até pela prefeitura de Nova York. A Folha só critica porque esse programa é do governo federal e o presidente é Lula.

A Folha usou uma pesquisa de monitoramento sobre o programa (o que já desmistifica a falta de controle), encomendada pelo próprio Ministrério do Desenvolvimento Social, e entre vários números positivos, resolveu destacar apenas uns poucos números que poderiam ser interpretados como se o programa não produzisse resultados.

A Folha deu como manchete: "Impacto do Bolsa Família na saúde é questionado".

A pesquisa compara famílias de mesma faixa de renda (em situação de pobreza). Um grupo de famílias beneficiado pelo Bolsa família. Outro grupo não é beneficiário.

Os dados positivos a Folha não mostra, mas são estes:

Entre as famílias que passaram a receber o bolsa família:

- As famílias GASTAM o valor recebido principalmente COM ALIMENTOS (significa que a retirada do bolsa-família ou produziria fome ou subnutição).
- É MAIOR o número de ADULTOS QUE TRABALHAM entre as famílias que recebem o bolsa família (isso desmistifica as críticas de que o programa desincentiva ao trabalho, pelo contrário promove a ascenção social abrindo as portas do mercado de trabalho).
- Aumentou a frequência e diminuiu a evasão escolar.
- As mulheres ganharam maior poder de decisão no gasto do orçamento da família.

Para piorar, a Folha apresenta conclusões suas (da Folha) como se fizessem parte do relatório de conclusão da pesquisa (o que não é verdade). Na própria reportagem uma das pesquisadoras entrevistada, Mônica Andrade, esclarece:

- A pesquisa tem algumas limitações por não ter série histórica.
- Trata-se da primeira avaliação. Foi feita em 2005
- O programa Bolsa família foi unificado em 2003.
- A pesquisa não abordou há quanto tempo a família recebe o benefício. Houve muitas famílias que ingressaram em 2003, 2004 e 2005.

E vejamos o que a Folha destaca como se o programa não funcionasse:

- Levando em conta a estatura e a idade, 14% das crianças de famílias pobres beneficiadas apresentavam desnutrição. Os percentuais praticamente não se alteram quando se compara famílias atendidas com as não atendidas de mesmo perfil.

Comentário: Uma criança de 5 anos que tivesse altura abaixo da recomendação antes da família ingressar no programa, não recuperaria toda a altura adequada quando tivesse 6 ou 7 anos. Mas, pelo menos a partir dos 5 anos, passou a se alimentar melhor e deve recuperar a partir daí seu desenvolvimento físico normal, como prova a própria pesquisa ao indicar que as famílias usam a bolsa principalmente para comprar alimentos.

O Jornal ainda diz:

- No caso da vacinação, o trabalho mostra que 24% das famílias atendidas não estava com a vacinação de crianças de zero a seis anos em dia.

Comentário: o fato de 76% das famílias em situação de pobreza (apenas estas famílias e não a população como um todo) com ou sem Bolsa família estarem com vacinação em dia, já é um grande progresso.

A pesquisa foi feita em 2005. Agora no final de 2007 será feita outra, veremos que esses números avançarão. Um indicador é que a mortalidade infantil está caindo ano a ano, e dois fatores que contribuem muito é a vacinação e a nutrição.

Para quem ainda acha que não existe contrapartidas nestes programas sociais:

O Ministério da Saúde tem o programa Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN.

O MEC tem Sistema de Acompanhamento da Freqüência Escolar.

Ambos tem um calendário de acompanhamento, onde os municípios tem obrigação de prestarem as informações em dia ao sistema. Existem municípios que ficam inadimplentes na prestação destas informações, o que prejudica muito as políticas federais. Mas é apenas mais um desafio que precisa vencido.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração