Além do "sumiço" das reservas de Ferro, houve também sumiço de manganês.
Em 1995, a Vale do Rio Doce informou à SEC (Securities and Exchange Commission, órgão responsável pela fiscalização do mercado de ações norte-americano) que suas reservas de manganês eram de 65 milhões de toneladas.
Na avaliação para privatizar, no ano seguinte, só declararam 26 milhões de toneladas.
39 milhões de toneladas a menos.
Sumiram 60% das reservas de manganês.
Mas a sub-avaliação não parou por aí.
O minério localizado dentro da mina (termo técnico "in situ") valia em média a US$ 0.5 por tonelada.
Já o minério localizado na boca da mina (termo técnico "mine gate") valia US$ 20 por tonelada.
Toda a reserva foi avaliada em US$ 0.5 por tonelada, ignorando completamente a parte do minério na boca da mina que valia 40 vezes mais.
Quem avaliou a Vale foi Mineral Resources Development Inc. (MRDI) - subcontratada do consórcio liderado pela Merril Lynch e Bradesco.
A Merril Lynch tinha ligações com um dos participantes do Leilão, a Anglo American,
grupo que participou do leilão. O Bradesco se tornou sócio na Vale após o Leilão, o que também compromete sua isenção.
A relação de avaliadores e compradores é proibida. Pelo claro conflito de interesses, onde os compradores tem interesse em comprar menor preço de avaliação possível.
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