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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Leilão da Vale: o Manganês subtraído.

Além do "sumiço" das reservas de Ferro, houve também sumiço de manganês.

Em 1995, a Vale do Rio Doce informou à SEC (Securities and Exchange Commission, órgão responsável pela fiscalização do mercado de ações norte-americano) que suas reservas de manganês eram de 65 milhões de toneladas.

Na avaliação para privatizar, no ano seguinte, só declararam 26 milhões de toneladas.

39 milhões de toneladas a menos.

Sumiram 60% das reservas de manganês.

Mas a sub-avaliação não parou por aí.

O minério localizado dentro da mina (termo técnico "in situ") valia em média a US$ 0.5 por tonelada.

Já o minério localizado na boca da mina (termo técnico "mine gate") valia US$ 20 por tonelada.

Toda a reserva foi avaliada em US$ 0.5 por tonelada, ignorando completamente a parte do minério na boca da mina que valia 40 vezes mais.

Quem avaliou a Vale foi Mineral Resources Development Inc. (MRDI) - subcontratada do consórcio liderado pela Merril Lynch e Bradesco.

A Merril Lynch tinha ligações com um dos participantes do Leilão, a Anglo American,
grupo que participou do leilão. O Bradesco se tornou sócio na Vale após o Leilão, o que também compromete sua isenção.

A relação de avaliadores e compradores é proibida. Pelo claro conflito de interesses, onde os compradores tem interesse em comprar menor preço de avaliação possível.

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