Uma decisão perfeitamente dentro das leis e das normas vigentes na Venezuela, que a Globo noticiou falsamente não renovação de uma concessão vencida como se fosse uma cassação.
E quis fazer-nos acreditar que a não renovação feria a liberdade imprensa. No blog do Eduardo Guimarães que visitou a Venezuela esta semana, ele comprovou a total liberdade de expressão na TV Venezuelana. É só ler seu artigo "A guerra das tevês" em http://edu.guim.blog.uol.com.br
Provavelmente a atitude da Globo foi preventiva, como medo do exemplo se repetir aqui, já que sua própria concessão vence em 5 de outubro. Diferente de lá, aqui a renovação depende de votação no Senado.
A Globo que não perde nada sobre Chavez quando é para falar mal, no entanto, não deu nem uma notinha sobre essa notícia:
5 deputados do Partido Democrata dos EUA (Dennis Kucinich - um dos presidenciáveis do partido -, Raul Grijalva, Jose Serrano, Barbara Lee e Tammy Baldwin), inquiriram por carta o diretor do FMI, Rodrigo de Rato, sobre as declarações feitas por Thomas Dawson, o então diretor de relações externas do Fundo, logo após o golpe na Venezuela, em abril de 2002.
Dawson declarou no dia do golpe que o FMI estava "pronto a ajudar a nova administração da maneira que for julgada apropriada".
Os deputados classificam os comentários como "altamente incomuns", visto que "o FMI é normalmente cauteloso sobre os governos que auxilia ou que considera parceiros apropriados para acordos, empréstimos ou outras formas de assistência por parte do FMI".
A carta vai além, ao dizer que as declarações de Dawson são "ainda mais incomuns", visto que na ocasião em que foi feita, na manhã do dia 12 de abril de 2002, "o governo comandado por Pedro Carmona na Venezuela tinha apenas algumas horas de idade e não contava com as marcas de um governo democrático".
Além de questionarem se os membros do FMI tinham conhecimento prévio do então recém-ocorrido golpe, os deputados perguntam como e por quem a decisão de apoiar o golpista Carmona foi informada a Thomas Dawson. [Está claro que querem saber qual a pressão que houve do governo Bush].
As pessoas podem gostar ou não gostar de Chavez. Ele é polêmico e controverso. Inclusive sua falta de sutileza já nos causou alguns problemas diplomáticos conosco.
Mas não é pedir demais à Globo que deixe os telespectadores deciderem o que pensam de Chavez com base em informações verdadeiras.
A partir da matéria na BBC Brasil.
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