Rato elogiou o programa Bolsa-Família que, na sua opinião, ajudou a fortalecer o mercado interno. Ele ressaltou que todas as agências de classificação de risco melhoraram a avaliação de risco Brasil, colocando o País mais para perto do grau de investimento. Minutos antes da entrevista com o diretor do FMI, a agência Moody´s anunciou a elevação da classificação de risco do Brasil em moeda estrangeira e local de Ba2 para Ba1.
"Essa crise terá uma conseqüência muito positiva para o Brasil", enfatizou Rato. "É natural que em meio a uma crise de crédito, as agências refaçam algumas avaliações. E no caso do Brasil, todas as agências colocam o Brasil mais próximo do grau de Investimento."
Em reunião entre o diretor-geral do FMI com o Presidente Lula e o ministro Mantega foi discutida a exigência do Brasil de aumentar o peso dos países emergentes na representação do fundo. Mantega insiste para que a reforma seja feita de modo que os países em desenvolvimento tenham força política para indicar o diretor-geral do fundo. Há um acordo para os EUA indicar o presidente do Banco Mundial e os europeus, o número um do FMI.
A agência de classificação de risco Moody’s elevou ontem a nota de crédito do governo brasileiro em moeda estrangeira e moeda local de Ba2 para Ba1. A perspectiva é estável. Com a mudança, a instituição alinhou o rating do País ao das agências Fitch e Standard & Poor""s, que já haviam melhorado a classificação brasileira há três meses, também para um nível abaixo do grupo considerado de baixo risco de crédito. O principal motivador para a decisão, segundo o analista sênior da Moody’s, Mauro Leos, foi a redução da vulnerabilidade externa do País. "O Brasil aparenta estar mais bem preparado para enfrentar um arrefecimento das condições econômicas externas", disse.
Desde a última vez em que a Moody’s elevou a nota brasileira, em setembro do ano passado, todos os indicadores externos brasileiros passaram por melhoras importantes. O estoque de reservas externas mais do que dobrou, subindo de US$ 70 bilhões para cerca de US$ 160 bilhões. Além disso, o total de dívida externa em relação às exportações caiu à metade, ao mesmo tempo em que o endividamento total do governo recuou de 58% para 53% do Produto Interno Bruto (PIB). "Além disso, o ritmo de atividade econômica cresceu", diz.
A melhora da classificação já era esperada,mesmo assim, reforçou a expectativa de profissionais do mercado de que o Brasil vai entrar para o grupo das nações consideradas de baixo risco já no ano que vem. "Deve acontecer no segundo semestre de 2008", disse o analista da área internacional do Santander, Luciano Sobral. A expectativa em torno da conquista deste selo deve-se ao fato de que grandes investidores só comprarem papéis de países de baixo risco, os únicos que fazem parte do índice internacional de renda fixa do banco Lehman Brothers, considerado um dos mais importantes do mundo.
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração